23 de mai 2025

Brasil registra 1.003 mortes por dengue em 2025, com 70% dos casos em SP
Brasil registra 1.003 mortes por dengue em 2025, com São Paulo concentrando 70% dos casos. Medidas de combate são intensificadas.
Foto:Reprodução
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O Brasil registrou 1.003 mortes por dengue até a 20ª semana epidemiológica de 2025, conforme dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde. O número representa uma queda em relação ao mesmo período de 2024, que teve 5.442 óbitos, mas ainda é superior aos 867 registrados em 2023. A epidemia continua concentrada em São Paulo, que responde por 70% das mortes.
Os dados indicam que o estado paulista enfrenta uma epidemia significativa, com 85 mortes no Paraná e 70 em Minas Gerais. O infectologista Júlio Croda, da Fiocruz, destaca que a alta taxa de óbitos reflete problemas na assistência à saúde. Ele afirma que todas as mortes por dengue são preveníveis, enfatizando a importância da hidratação e do diagnóstico adequado.
Em 2024, o Brasil contabilizou mais de 5,9 milhões de casos de dengue, com 5,1 milhões registrados até a 20ª semana. Em 2025, o número de casos confirmados chega a quase 987 mil, e, considerando os prováveis, ultrapassa 1,3 milhão. Croda prevê que o ano termine com cerca de dois milhões de casos, atribuindo a situação ao aumento das temperaturas globais.
Medidas de Combate
A epidemia de dengue em 2025 é marcada pela predominância do vírus tipo 3, que circula amplamente em São Paulo. A Secretaria de Estado da Saúde (SES) do estado investiu R$ 3 milhões em equipamentos para combate ao mosquito Aedes aegypti. Em janeiro, foi criado um Centro de Operações de Emergência para coordenar ações de combate à dengue e outras arboviroses.
A SES também implementou um plano de contingência para 2025/2026, com ações voltadas para a redução da incidência da doença. O Ministério da Saúde atribui a queda no número de casos e óbitos a ações conjuntas com estados e municípios, focadas em prevenção e controle vetorial.
As equipes da Força Nacional do SUS estão preparadas para atender cidades com alta transmissão, com capacidade para instalar até 150 centros de hidratação. O cenário atual revela a necessidade de melhorias na assistência à saúde, com Croda alertando que mil óbitos são inaceitáveis e que as lições do passado ainda não foram aprendidas.
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