28 de mai 2025

Cachorro de criança autista será levado do Rio para Portugal por treinador
Treinador embarcará com cão de assistência após decisão judicial que garante transporte do animal pela TAP, em meio a discussões sobre direitos de pessoas com deficiência.
Foto:Reprodução
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O treinador de cães Ricardo Cazarotte embarcará com o labrador Teddy para Lisboa na próxima sexta-feira (30), após a Justiça determinar que a companhia aérea TAP deve transportar o animal. Teddy é um cão de assistência de uma criança autista de 12 anos, que se mudou do Rio de Janeiro para Portugal em abril. Na ocasião, a TAP não permitiu o embarque do animal, que ficou sob a tutela da irmã da criança.
A Justiça do Rio decidiu em maio que a TAP deveria permitir o transporte de Teddy. No entanto, a companhia aérea recusou o embarque novamente no último sábado (24), cancelando o voo. A TAP alegou que a ordem judicial "violaria o Manual de Operações de Voo" e que a criança não estava na viagem, o que, segundo suas regras, impede a classificação do animal como cão de assistência.
Cazarotte, que treinou Teddy por um ano e meio, destacou que o cão foi preparado para identificar crises de estresse da criança. Ele criticou a proposta da TAP de transportar o animal no bagageiro, afirmando que isso poderia causar estresse ao cão, que já viajou com a família anteriormente. A TAP afirma em seu site que aceita reservas para transporte de animais auxiliares, desde que acompanhados da pessoa que necessita do auxílio.
Questões Legais e Direitos
A situação gerou discussões sobre os direitos de pessoas com deficiência. Tramita no Congresso um projeto de lei que visa garantir a presença de cães de assistência em transportes públicos e privados. A proposta foi aprovada pela Comissão de Direitos Humanos do Senado e considera discriminação qualquer prática que impeça o direito de manter o cão próximo.
A decisão judicial que favoreceu a família de Teddy destaca a importância dos cães de assistência, que são treinados para ajudar em diversas condições de saúde. A legislação atual permite que cães-guia e de assistência viajem com seus tutores, mas as companhias aéreas têm liberdade para estabelecer suas próprias regras.
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