Patrulha 60+ resgata mais de 1.400 idosos vítimas de violência no Rio e Niterói

A Patrulha da Pessoa Idosa 60+, da Polícia Militar do Rio de Janeiro, já atendeu 1.409 casos em sete meses, focando em crimes como agressões físicas, abandono e fraudes financeiras. O programa atua em áreas com alta população idosa, como Copacabana, Leme e Icaraí.

O tenente-coronel Fábio Lecin, coordenador da patrulha, destaca que todos os idosos vítimas de inquéritos policiais recebem visitas. Os crimes mais frequentes incluem agressões dentro de casa e golpes financeiros, especialmente os digitais. Lecin alerta que muitos idosos não têm familiaridade com tecnologia, tornando-se alvos fáceis para fraudes.

Entre os casos atendidos, um casal de idosos em Niterói foi agredido pelo neto, que continuou a persegui-los mesmo após uma medida protetiva. A patrulha não apenas reprime, mas também realiza ações educativas, orientando os idosos sobre seus direitos e como se proteger de golpes.

Ações Educativas e Acompanhamento

A patrulha promove ações educativas em locais de grande circulação de idosos, entregando materiais informativos e criando um vínculo de confiança. Lecin menciona que muitos idosos consideram os patrulheiros como parte da família, buscando apoio e orientação.

Atualmente, 157 idosos recebem acompanhamento contínuo, com contato direto via telefone. O programa é uma iniciativa do Governo do Estado, que visa responder ao aumento da população idosa e suas vulnerabilidades. O governador Cláudio Castro afirma que a confiança dos idosos na PM é um indicativo do sucesso da ação.

Com os resultados positivos, já se discute a expansão da patrulha para outras regiões do estado. Lecin acredita que a Patrulha 60+ tem potencial para se tornar uma política pública permanente, semelhante à Patrulha Maria da Penha, visando sempre a proteção e o respeito aos idosos.