29 de mai 2025

Nova diretriz recomenda uso de medicamentos como Ozempic e Wegovy no tratamento da obesidade
Abeso redefine tratamento da obesidade com foco em análogos de GLP 1, recomendando início em IMC abaixo de 30 e meta de 10% de perda de peso.
Foto:Reprodução
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A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) divulgou novas diretrizes para o tratamento farmacológico da obesidade, durante o Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica (CBOSM 2025), em Belo Horizonte. O documento, que será publicado no primeiro semestre de 2025, foi elaborado com base em evidências científicas e em consenso com 15 sociedades médicas.
As diretrizes priorizam o uso de análogos de GLP-1, medicamentos que demonstraram eficácia significativa na perda de peso. Entre eles estão a semaglutida (Ozempic e Wegovy), a tirzepatida (Mounjaro) e a liraglutida (Saxenda). O diretor da Abeso, Alexandre Hohl, ressaltou que esses fármacos não apenas promovem a perda de peso, mas também oferecem benefícios adicionais, como a redução de eventos cardiovasculares e a diminuição da incidência de diabetes tipo 2.
Novas Recomendações
As novas diretrizes recomendam iniciar o tratamento em pacientes com IMC abaixo de 30, especialmente aqueles com complicações relacionadas à obesidade. A meta de tratamento agora é a perda de 10% do peso corporal, ao invés da normalização do IMC. Marcio Mancini, coordenador do Departamento de Farmacoterapia da Abeso, enfatizou a importância da manutenção contínua do tratamento, já que a interrupção pode levar ao retorno do peso.
Além disso, o uso off-label dos medicamentos é permitido, com base em evidências clínicas que comprovem sua eficácia e segurança. O documento também contraindica versões manipuladas dos fármacos, que não têm avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Mudança de Paradigma
O vice-presidente da Abeso, Bruno Halpern, destacou que essas diretrizes representam uma mudança de paradigma no tratamento da obesidade, focando na promoção da saúde e qualidade de vida. O novo enfoque busca metas mais realistas e sustentáveis para os pacientes, respeitando a individualidade de cada um.
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