Sabão transforma limpeza com ciência e história de milênios de evolução

O uso do sabão, uma descoberta que remonta a aproximadamente 5.000 anos na antiga Babilônia, continua a ser essencial para a higiene pessoal e a limpeza. Recentemente, especialistas explicaram como o sabão atua em nível molecular, destacando suas propriedades hidrofílicas e hidrofóbicas, que permitem a remoção eficaz de sujeira e microrganismos.

A história do sabão começa com uma lenda que narra a descoberta acidental de uma mistura de gordura e cinzas que limpava objetos. Com o tempo, o sabão se tornou um item comum, especialmente nas colônias americanas do século dezessete. Em mil setecentos e noventa e um, o químico francês Nicholas Leblanc patenteou o primeiro processo de fabricação de sabão. Atualmente, o mundo gasta cerca de US$ 50 bilhões anualmente em produtos de limpeza.

A água, composta por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio, é fundamental para a vida. Moléculas que se dissolvem na água são chamadas de hidrofílicas, enquanto as que não se dissolvem são hidrofóbicas. O óleo é um exemplo de substância hidrofóbica, que não se mistura com a água. Apenas passar as mãos na água não remove a sujeira oleosa. É aqui que o sabão se torna crucial.

As moléculas de sabão possuem uma estrutura única, com uma cabeça hidrofílica e uma cauda hidrofóbica. Essa configuração permite que o sabão forme estruturas chamadas micelas, que envolvem a sujeira e a gordura, facilitando sua remoção. Para uma limpeza eficaz, é recomendado lavar as mãos por pelo menos 20 segundos, esfregando para garantir que o sabão penetre na sujeira.

Além da sujeira, o corpo humano abriga microrganismos, incluindo bactérias e vírus. Embora muitos sejam inofensivos, alguns podem causar doenças. O sabão e a água conseguem romper as membranas desses microrganismos, eliminando-os e prevenindo doenças. O impacto do sabão na saúde pública é inegável, contribuindo para a higiene e bem-estar de bilhões de pessoas ao longo da história.