01 de jun 2025
Pesca excessiva pode fazer peixes desaprenderem rotas migratórias e ameaçar espécies
Pesca excessiva pode fazer peixes desaprenderem rotas migratórias, aumentando risco de extinção. Estudo propõe medidas de proteção.
Foto:Reprodução
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Um estudo da Escola de Ciências Marinhas da Universidade do Maine, em colaboração com instituições da Noruega e Austrália, revela que a pesca pode estar fazendo com que peixes desaprendam suas rotas migratórias, aumentando o risco de extinção. Publicado na revista "Fish and Fisheries", o estudo aponta que a captura de peixes mais velhos prejudica a transmissão de conhecimento social entre os cardumes.
Os pesquisadores observaram que, ao remover peixes mais experientes, o aprendizado social, essencial para a migração e desova, é comprometido. Essa perda de conhecimento pode resultar em comportamentos migratórios e de reprodução menos eficazes, afetando a adaptação local e levando à extinção de populações dependentes desse saber cultural.
Impactos da Captura
A pesquisa não identificou regiões específicas mais afetadas, mas sugere que populações locais em áreas costeiras são as mais vulneráveis. A captura de peixes sociais, especialmente os de vida longa, impede a transmissão vertical de conhecimento, essencial para a sobrevivência das espécies.
Para mitigar esses efeitos, o estudo recomenda várias medidas, como manter a estrutura social e etária dos cardumes, implementando proibições de pesca em locais e períodos estratégicos. Além disso, sugere a criação de políticas de governança locais para proteger as áreas de pesca e desenvolver novas tecnologias que priorizem a captura de outras espécies.
Medidas Propostas
As ações propostas incluem:
- Manter peixes mais velhos no cardume, não apenas as fêmeas reprodutoras.
- Implementar proibições de pesca em locais e períodos específicos.
- Criar políticas de governança que priorizem pescadores locais.
- Desenvolver novos equipamentos de pesca para preservar a estrutura etária desejada.
Essas medidas visam garantir a sobrevivência das espécies e a manutenção do conhecimento social entre os peixes, essencial para a saúde dos ecossistemas marinhos.
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