Saúde

Ex-dançarina enfrenta mielite infecciosa após furúnculo não tratado corretamente

Ex dançarina enfrenta mielite infecciosa após ignorar furúnculo. Recuperação é desafiadora, mas há esperança de voltar a andar.

Avelino já recuperou a sensibilidade de braços e pernas, mas ainda não consegue caminhar. (Foto: Arquivo pessoal)

Avelino já recuperou a sensibilidade de braços e pernas, mas ainda não consegue caminhar. (Foto: Arquivo pessoal)

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Em novembro de 2023, Jéssica Avelino, ex-dançarina de 26 anos, apresentou um machucado no antebraço esquerdo. Inicialmente, ignorou a lesão, acreditando que se tratava de um furúnculo. Após tentar espremer a área em casa, começou a sentir dores intensas na lombar, que rapidamente se agravaram.

Após quatro visitas ao hospital de São Mateus (ES), Avelino foi internada ao apresentar febre, fraqueza e rigidez no pescoço. No segundo dia de internação, não conseguia mais mover as pernas. Ela relembra: “Comecei a gritar, os profissionais de saúde vieram e fui transferida para a UTI. Quando acordei, estava paralisada do peito para baixo, sem sentir nada”.

Os médicos inicialmente suspeitaram de meningite, síndrome de Guillain-Barré e mielite transversa. Avelino passou um mês internada sem um diagnóstico definitivo, enfrentando dores e imobilidade. O diagnóstico correto, mielite infecciosa, surgiu após sua transferência para um hospital na capital do estado. Exames revelaram que a bactéria do furúnculo havia se alojado na medula espinhal, causando a infecção.

Com o tratamento adequado, Avelino começou a se recuperar. Ela se mudou para Curvelo (MG) e depende da mãe para os cuidados diários, especialmente com seu filho pequeno. “Quando tudo aconteceu, meu filho tinha apenas um ano e onze meses. Eu só pensava em sair viva da UTI para vê-lo de novo”, afirma.

Atualmente, Avelino faz fisioterapia três vezes por semana. Ela já recuperou a sensibilidade nas pernas e consegue manter o tronco firme ao sentar, embora ainda não tenha voltado a andar. Os médicos consideram essa possibilidade, já que a medula não foi rompida. O impacto emocional foi significativo, levando-a a enfrentar depressão e ansiedade. Avelino destaca: “Aprendi que a vida não acaba. A gente só aprende a viver de outro jeito”.

O dermatologista Gustavo Novaes, da Sociedade Brasileira de Dermatologia, alerta que furúnculos, se não tratados, podem levar a complicações graves. Ele recomenda que lesões sejam avaliadas por um médico assim que surgirem, evitando assim riscos de infecções mais sérias.

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