05 de jun 2025
Cidades médias de São Paulo se destacam por alta arborização urbana
Cidades médias de São Paulo, como Valinhos e Franco da Rocha, lideram em arborização, enquanto a capital amarga a 141ª posição.
Valinhos, no interior de São Paulo, é o município do Estado com mais áreas urbanas arborizadas, segundo índice IPS. (Foto: Tiago Queiroz/Estadão)
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O Índice de Progresso Social (IPS) de 2025 revelou que as cidades médias e grandes de São Paulo, como Valinhos e Franco da Rocha, são as mais arborizadas do estado. A capital paulista, por outro lado, ocupa a 141ª posição com apenas 6,3% de arborização.
O levantamento, realizado por uma parceria entre diversas organizações, destacou que o top 10 de cidades mais arborizadas inclui também Itaquaquecetuba, Hortolândia, Casa Branca, Presidente Epitácio, Arujá, Jundiaí, São José dos Campos e Vinhedo, com porcentagens de áreas verdes variando de 27% a 16%. O botânico Ricardo Cardim enfatizou a importância da vegetação, que ajuda a reduzir a temperatura, aumentar a umidade do ar e prevenir eventos climáticos extremos.
Em Valinhos, 92,7% dos domicílios têm árvores ao redor. A Secretaria do Verde e da Agricultura do município realiza análises técnicas antes de permitir a remoção de árvores e promove o plantio de espécies nativas da Mata Atlântica. O secretário André Reis afirmou que a cidade prioriza a conservação ambiental e a qualidade de vida.
Desafios e Vulnerabilidades
Embora algumas cidades apresentem alta arborização, como Franco da Rocha e Jundiaí, elas também enfrentam vulnerabilidades às mudanças climáticas e riscos de deslizamentos. O IPS utiliza dados do Imazon e do MapBiomas, garantindo precisão nas informações sobre áreas verdes urbanas.
O IPS de 2025, divulgado recentemente, registrou um índice de 61,96 em uma escala de 0 a 100, ligeiramente abaixo do 62,51 do ano anterior. O índice avalia a qualidade de vida em 5.570 municípios brasileiros com base em 57 indicadores sociais e ambientais.
A coordenadora do IPS Brasil, Melissa Wilm, destacou que o índice permite visualizar desigualdades que não são explicadas apenas por dados econômicos, ajudando a identificar onde as políticas públicas são eficazes e onde são necessárias intervenções.
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