06 de jun 2025
Pneumonia não responsiva exige nova abordagem e revisão diagnóstica cuidadosa
Pneumonia não responsiva ao tratamento exige revisão diagnóstica e alerta para uso excessivo de antibióticos, com mortalidade alarmante.
Foto: Reprodução
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A pneumonia é uma das principais causas de internação hospitalar no Brasil, com um aumento alarmante de casos e mortes. Um estudo recente publicado na revista Intensive Care Medicine propõe uma abordagem estruturada para a pneumonia não responsiva ao tratamento, enfatizando a importância do raciocínio clínico e da revisão diagnóstica.
Entre 15% e 40% dos pacientes internados com pneumonia não apresentam melhora nas primeiras 72 horas, mesmo com o uso de antibióticos adequados. Essa condição, chamada de "pneumonia não responsiva", está associada a desfechos graves, incluindo mortalidade superior a 40% em alguns casos. O estudo sugere que, ao enfrentar esse desafio, não basta apenas trocar o antibiótico; é crucial reconsiderar o diagnóstico inicial.
Os especialistas destacam que o tempo de resposta esperado pode ser irreal. Pacientes idosos ou com doenças crônicas podem levar mais tempo para melhorar. Além disso, o tratamento pode ser inadequado devido a resistência bacteriana ou presença de agentes atípicos, como fungos e vírus. Em alguns casos, o diagnóstico pode estar errado, com cerca de 20% dos pacientes inicialmente diagnosticados com pneumonia apresentando outras condições, como embolia pulmonar ou neoplasias.
Abordagem Diagnóstica
A revisão detalhada da história clínica e a realização de exames laboratoriais específicos são recomendadas. A broncoscopia e a tomografia de tórax podem ser necessárias em casos selecionados. O estudo também alerta para o uso excessivo de marcadores inflamatórios, como a proteína C reativa (PCR), que não devem levar automaticamente à troca de antibióticos, pois isso pode agravar a situação.
No Brasil, as internações por pneumonia aumentaram 112% entre 2020 e 2024, passando de 311.572 para 659.595 casos. A região Sudeste registrou o maior número de internações, com 938.413 casos. Em 2022, foram registradas 44.523 mortes, um aumento em relação aos 31.027 óbitos do ano anterior. O estudo enfatiza que, apesar da medicina moderna, o julgamento clínico bem informado continua sendo essencial no tratamento da pneumonia.
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