Turista americano morre após consumir ayahuasca em ritual na Amazônia peruana

Autoridades peruanas iniciaram uma investigação sobre a morte de um turista americano, Aaron Wayne Castronova, de 41 anos, após o consumo de ayahuasca durante um ritual em um albergue na Amazônia peruana. O incidente ocorreu na segunda-feira, 1º de junho, na região de Loreto, próxima à fronteira com Brasil e Colômbia.

Castronova participou de uma sessão de turismo espiritual quando sofreu uma descompensação que resultou em sua morte. O médico legista Narciso López informou que a bebida provocou "uma reação em múltiplos órgãos" no corpo do americano. O Ministério Público da província de Maynas está responsável pela investigação, que avaliará a capacitação dos organizadores do ritual.

Contexto do Turismo Espiritual

O albergue onde ocorreu a fatalidade está localizado em uma área remota, na comunidade nativa de Santa María de Ojeda, a cerca de cinco horas de barco da capital regional, Iquitos. Nos últimos 20 anos, a região de Loreto tem visto um crescimento no turismo "psicodélico" em torno da ayahuasca, uma bebida tradicional indígena usada em rituais de cura espiritual.

Não é a primeira vez que um turista morre no Peru após consumir ayahuasca. Em agosto de 2024, um ucraniano foi acusado de assassinar uma mulher russa sob os efeitos da bebida durante um ritual em Yurimaguas. A embaixada dos Estados Unidos em Lima já havia alertado seus cidadãos sobre os riscos associados ao consumo de alucinógenos tradicionais, como a ayahuasca e o kambô, que são frequentemente oferecidos como parte de cerimônias espirituais.