Saúde

Gripe aviária afeta produção de ovos orgânicos e gera prejuízos no Brasil

Gripe aviária em Montenegro gera incertezas para criadores de galinhas orgânicas em Viamão, afetando projetos e saúde das aves.

Roseli Canzarolli, da Coperav: restrições deixaram vazios os galpões de aves e comedouros da cooperativa (Foto: Arquivo pessoal)

Roseli Canzarolli, da Coperav: restrições deixaram vazios os galpões de aves e comedouros da cooperativa (Foto: Arquivo pessoal)

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A confirmação de um foco de gripe aviária em Montenegro, no Rio Grande do Sul, trouxe incertezas para produtores de aves na região. Carlos Portela Carvalho, de Viamão, e outras dez famílias do assentamento Filhos de Filhos de Sepé estavam prestes a iniciar a criação de galinhas em sistema orgânico, mas agora enfrentam a proibição de criação de aves soltas imposta pelo Ministério da Agricultura.

Com a quarentena em vigor, Carvalho ainda não sabe quando receberá as 300 galinhas encomendadas. “Foi uma surpresa muito grande. Estávamos com o projeto bem adiantado, mas, quando menos imaginávamos, surgiu essa gripe”, afirmou. O sistema orgânico, que permite que as galinhas tenham acesso à área externa, foi afetado pela medida de segurança, que visa conter a propagação do vírus.

Roseli Canzarolli, médica veterinária e presidente da Cooperativa dos Produtores Orgânicos de Reforma Agrária de Viamão (Coperav), destacou que o impacto do fechamento das aves no galinheiro pode ser significativo. “Elas vão ter mais estresse, queda de imunidade, o que as deixa suscetíveis a outras doenças”, explicou. O projeto, que levou três anos para ser planejado, tem capacidade para 1,5 mil aves.

Enquanto isso, Edson Marcelo Gonçalves Garcia, da granja Quinta da Passiflora, adotou medidas para minimizar o estresse das aves. Ele aumentou o controle sanitário e limitou o tempo que as galinhas ficam ao ar livre. “Coloquei cestas de pasto dentro do galinheiro para diminuir a circulação delas ao ar livre”, disse.

O pesquisador da Embrapa Suínos e Aves, Luizinho Caron, alertou que, mesmo em pequenas criações, é crucial manter as aves presas durante a emergência sanitária. “Ninguém quer produzir aves se não for para ter retorno. Por isso, essas estruturas de biosseguridade são importantes”, ressaltou. A situação atual gerou um clima de incerteza entre os produtores, que aguardam o desfecho da crise sanitária.

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