Evite os 6 erros mais comuns na higiene bucal das crianças e garanta sorrisos saudáveis

Muitos pais subestimam a importância da higiene bucal infantil, acreditando que os cuidados podem esperar até a erupção dos dentes permanentes. Essa visão errônea resulta em uma alta incidência de cáries em crianças menores de cinco anos. A odontopediatra Lina María Rueda Vargas alerta que a escovação deve ser iniciada aos três meses de idade, mesmo antes do surgimento dos primeiros dentes.

Rueda explica que muitos pais cometem erros comuns, como não escovar os dentes das crianças, permitir o consumo excessivo de açúcar e não levar os filhos a consultas regulares. "Os dentes de leite são fundamentais para a mastigação e o desenvolvimento da fala, além de guiarem a erupção dos dentes permanentes", afirma a especialista. A negligência pode levar a problemas como cáries, dor e infecções.

Cuidados desde cedo

A higiene oral deve começar com a limpeza da boca do bebê usando uma gaze úmida. Assim que o primeiro dente aparece, recomenda-se o uso de uma escova de dentes com cerdas macias e uma quantidade mínima de creme dental. A escovação deve ser supervisionada até os dez anos, pois as crianças ainda não têm a coordenação motora necessária para realizar a tarefa sozinhas.

A primeira consulta ao dentista deve ocorrer antes do primeiro ano de vida. Rueda enfatiza que essas visitas não visam apenas tratar problemas, mas educar os pais sobre os cuidados com a saúde bucal. Consultas regulares a cada seis meses são recomendadas, especialmente para crianças com alto risco de cáries, que devem ir a cada três meses.

Sinais de alerta

Os pais devem estar atentos a sinais como sangramento durante a escovação ou manchas nos dentes. "Se um dente apresentar manchas brancas, amarelas ou marrons, é hora de consultar um dentista", orienta Rueda. A prevenção é sempre mais eficaz do que o tratamento.

Além disso, nem todas as pastas de dente são adequadas para crianças. Fórmulas para adultos podem conter flúor em concentrações inadequadas e sabores que podem ser rejeitados. Rueda recomenda o uso de produtos específicos para cada faixa etária, que devem ser agradáveis e em quantidades adequadas.

A saúde bucal impacta diretamente na autoestima e bem-estar das crianças. Rueda conclui que educar sobre higiene oral desde a infância ajuda a formar hábitos saudáveis e crianças mais confiantes. Prevenir sempre será mais eficaz do que remediar, e o papel dos pais é fundamental nesse processo.