Bariátrica ou canetas emagrecedoras: estudo revela qual método traz mais resultados

Pesquisadores apresentaram dados que mostram que a cirurgia bariátrica, como a gastrectomia vertical e o bypass gástrico, resulta em uma perda de peso cinco vezes maior em dois anos em comparação com injeções de agonistas do receptor GLP-1, como semaglutida e tirzepatida. Os resultados foram divulgados na Reunião Científica Anual de 2025 da Sociedade Americana de Cirurgia Metabólica e Bariátrica (ASMBS).

Os pacientes que se submeteram a uma das cirurgias bariátricas perderam, em média, 25 kg após dois anos, enquanto aqueles que receberam injeções de GLP-1, como Ozempic e Wegovy, perderam apenas 5,4 kg. A cirurgia bariátrica, que reduz a capacidade do estômago de 1 a 1,5 litro para apenas 25 ml a 200 ml, aumenta a sensação de saciedade e diminui a ingestão calórica.

A autora principal do estudo, Avery Brown, residente em cirurgia da NYU Langone Health, destacou que, apesar de ensaios clínicos mostrarem uma perda de peso de 15% a 21% com GLP-1, a realidade é que muitos pacientes não mantêm o tratamento por um ano. O estudo analisou dados de 51.085 pacientes que passaram por cirurgia bariátrica ou receberam prescrição de GLP-1 entre 2018 e 2024.

Comparação de Eficácia

Os pesquisadores ajustaram os dados para idade, IMC e comorbidades, revelando que a cirurgia bariátrica é mais eficaz a longo prazo. O cirurgião bariátrico Karan R. Chhabra afirmou que futuras pesquisas buscarão entender como otimizar os resultados do GLP-1 e identificar quais pacientes se beneficiam mais da cirurgia.

A cirurgia bariátrica bypass, que representa cerca de 75% das operações do tipo, envolve a redução drástica do estômago e um desvio intestinal, enquanto a gastrectomia vertical reduz o estômago de forma menos agressiva, mantendo a absorção de nutrientes. Ambas as técnicas têm se mostrado eficazes na promoção de emagrecimento significativo.