Nova variante da COVID-19 Nimbus pode causar sintoma de garganta afiada

A nova variante do COVID-19, chamada Nimbus, está se espalhando rapidamente nos Estados Unidos, apresentando um sintoma peculiar: uma dor de garganta intensa, descrita como "razor blade throat" (garganta de lâmina). Apesar desse novo relato, especialistas afirmam que não há evidências de que essa variante cause doenças mais graves.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a Nimbus, também conhecida como NB.1.8.1, é uma subvariante da linhagem Omicron do SARS-CoV-2. O professor assistente da Escola de Medicina de Yale, Scott Roberts, destacou que a Nimbus representa cerca de um terço dos casos de COVID-19 nos EUA. Ele observou que a variante é mais transmissível devido a mutações no protein spike, mas não deve provocar um aumento significativo de hospitalizações.

O epidemiologista chefe do Tampa General Hospital, Kartik Cherabuddi, afirmou que, embora a Nimbus esteja em ascensão, o risco à saúde pública permanece baixo em comparação com outras linhagens do Omicron. Dados iniciais não indicam uma capacidade significativa de evasão do sistema imunológico ou resistência a tratamentos antivirais. Além disso, não foram observadas aumentos nas taxas de hospitalização ou morte.

Os sintomas da Nimbus são semelhantes aos de variantes anteriores, incluindo febre, tosse e dor de garganta. Roberts recomenda que, ao sentir dor de garganta, as pessoas realizem o teste para COVID-19 e consultem um médico se a dor for severa, para descartar a possibilidade de faringite estreptocócica.

Medidas de Proteção

As medidas de proteção contra a Nimbus permanecem as mesmas. Higiene das mãos, uso de máscara em ambientes de risco e vacinação são essenciais. O CDC recomenda a vacinação para adultos a partir de 18 anos, especialmente para grupos de risco. A imunidade adquirida por vacinas anteriores diminui com o tempo, tornando a atualização da vacinação importante.

Cherabuddi também destacou que certos sintomas, como dor de garganta intensa, devem ser avaliados por um médico. A distinção entre COVID-19 e faringite estreptocócica é crucial, pois a última é uma infecção bacteriana que pode exigir tratamento com antibióticos para evitar complicações sérias.