Estudo global revela que dor é o principal sintoma da menopausa em 60 países

Uma nova metanálise, que analisou dados de 321 estudos envolvendo mais de 482 mil mulheres em 61 países, revelou que 65% das participantes relataram dores articulares, enquanto 53% enfrentaram fogachos. O estudo, que abrangeu pesquisas realizadas entre 2000 e 2023, destaca a importância de compreender os sintomas da menopausa e suas variações conforme o contexto socioeconômico.

Os resultados mostram que 63% das mulheres na perimenopausa sentem que "não são elas mesmas", refletindo a necessidade de apoio durante essa fase. Os sintomas físicos mais comuns incluem problemas de sono (52%), dor de cabeça (44%) e desconforto no peito (42%). Além disso, 55% das mulheres relataram cansaço físico e mental, enquanto 40% a 45% mencionaram irritabilidade e oscilações de humor.

Variações Globais

A pesquisa também revelou diferenças significativas entre países. Mulheres de nações com melhores condições de saúde e renda relataram menos sintomas. Por exemplo, 64,4% das mulheres africanas relataram fogachos, em comparação com 39,9% na Oceania. O Egito apresentou 72,6%, enquanto a Finlândia teve apenas 14,5%, evidenciando a influência cultural e econômica na experiência do climatério.

Além disso, mulheres com sobrepeso ou obesidade tendem a relatar mais sintomas, especialmente relacionados ao sono e à saúde mental. O estudo indica que 31,7% das mulheres obesas enfrentam problemas urinários, em comparação com 20,4% das com sobrepeso e 10% a 13% das que estão dentro do peso considerado normal.

Impacto Emocional

Outro aspecto importante abordado é a percepção das mulheres sobre a perimenopausa. Um estudo recente revelou que 63% das participantes sentem uma desconexão emocional, associada a sintomas como exaustão e ansiedade. Essa fase, que pode durar até uma década, gera confusão e desamparo, tornando essencial o apoio médico e social.

A pesquisa destaca que o climatério não é apenas uma transição física, mas também emocional e cognitiva. As mulheres são incentivadas a buscar apoio, manter uma rotina de exercícios e cuidar da saúde mental durante essa fase desafiadora.