23 de jun 2025

Pesadelos frequentes aumentam risco de morte prematura em até três vezes
Pesadelos frequentes aumentam risco de morte prematura e aceleram envelhecimento, superando fatores como tabagismo e obesidade.

Jovem com pesadelo (Foto: Freepik)
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Um novo estudo apresentado na reunião anual da Academia Europeia de Neurologia (EAN) revela que pesadelos frequentes triplicam o risco de morte prematura. Os pesquisadores descobriram que esses episódios noturnos estão associados a um envelhecimento biológico acelerado, com efeitos mais significativos do que outros fatores de risco, como tabagismo e obesidade.
O estudo, liderado pelo neurocientista Abidemi Otaiku, do Imperial College London, analisou dados de mais de 183.000 adultos e 2.400 crianças. Os resultados indicam que aqueles que relatam pesadelos semanais têm mais de três vezes mais chances de morrer antes dos 70 anos. Os pesquisadores avaliaram o comprimento dos telômeros, que são sequências de DNA que protegem os cromossomos e estão ligados ao envelhecimento celular.
Pesadelos causam uma resposta intensa de estresse no corpo, semelhante à reação de “luta ou fuga”. Após um pesadelo, as pessoas frequentemente acordam suadas e ofegantes, o que pode elevar os níveis de cortisol, o hormônio do estresse. Esse estresse cumulativo impacta significativamente o processo de envelhecimento, segundo Otaiku.
Além disso, o estudo aponta que até mesmo pesadelos mensais estão associados a um aumento do risco de morte e ao envelhecimento mais rápido. Os pesquisadores sugerem que medidas simples, como evitar filmes de terror e manter uma boa higiene do sono, podem ajudar a mitigar esses efeitos. Eles enfatizam que os pesadelos devem ser considerados uma preocupação de saúde pública, dada sua prevalência e potencial impacto na saúde.
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