25 de jun 2025

Recall de 2,5 milhões de carros na França devido a falha fatal em airbags
França intensifica medidas de segurança após acidente fatal e alerta motoristas sobre riscos de airbags Takata em regiões quentes.

Foto: Reprodução
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França ordena recall de 2,5 milhões de carros com airbags defeituosos
A França anunciou um recall de 2,5 milhões de veículos equipados com airbags da Takata, que podem explodir em caso de colisão. A medida foi tomada após um acidente fatal em Reims, onde uma mãe de 37 anos foi atingida por fragmentos metálicos de um airbag durante uma batida leve. Este incidente marca um novo capítulo no escândalo que já resultou em 18 mortes na França e 35 globalmente.
O ministério dos Transportes emitiu uma ordem de "não dirija" para carros com airbags Takata em regiões quentes, como a Córsega e territórios ultramarinos, além de veículos fabricados antes de 2011 no continente. A decisão se deve ao fato de que o gás nitrato de amônio, utilizado para inflar os airbags, pode se deteriorar em climas quentes e úmidos, aumentando o risco de explosões.
Dos 18 óbitos registrados na França, 16 ocorreram em territórios ultramarinos. O ministério também alertou que 800 mil veículos fabricados após 2011 devem ser verificados. Inicialmente, a resposta ao acidente de Reims foi limitada a alguns modelos da Citroën, mas a gravidade da situação levou a uma ação mais abrangente.
Impacto e reações
A medida pode causar grandes transtornos para as famílias, especialmente com a aproximação das férias de verão. O ministério garantiu que motoristas afetados terão acesso a veículos de substituição gratuitos enquanto aguardam a troca dos airbags. A montadora Stellantis, responsável pelos modelos C3 e DS3, afirmou estar comprometida em resolver a situação rapidamente.
O escândalo dos airbags da Takata, que já resultou em 100 milhões de veículos sendo chamados para recall em diversos países, tem ganhado atenção crescente na Europa nos últimos dois anos. Advogados e familiares de vítimas se reuniram em Paris para discutir possíveis ações legais, destacando a urgência de recalls eficazes para evitar mais tragédias.
A associação de consumidores UFC-Que Choisir criticou tanto o governo quanto os fabricantes por sua complacência, afirmando que as análises de risco não refletem a gravidade da situação. A pressão por ações mais decisivas continua a aumentar, à medida que novos acidentes são registrados.
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