Einstein reduz em 60% emissões com energia eólica e envolve 3 mil fornecedores em ESG

O setor de saúde brasileiro, que representa 4,4% das emissões de gases do efeito estufa e 10% do PIB nacional, enfrenta desafios significativos relacionados à sustentabilidade e desigualdade. Em 2024, instituições como o Hospital Israelita Albert Einstein, Sabin e Grupo Fleury estão implementando estratégias ESG que visam descarbonização, gestão de resíduos e inclusão social.

O Hospital Israelita Albert Einstein, segundo seu presidente, Sidney Klajner, tem se comprometido a enfrentar desigualdades estruturais. A estratégia ESG da instituição é dividida em quatro frentes: descarbonização das operações, gestão de resíduos, eficiência energética e engajamento da cadeia de valor. A descarbonização inclui o uso de energias renováveis e tratamento de gases como o óxido nitroso. A gestão de resíduos busca evitar a destinação para aterros, promovendo a reciclagem e aproveitamento energético.

Iniciativas Sustentáveis

A eficiência energética é uma prioridade, com investimentos em energia solar e um sistema de autoprodução eólica em Pernambuco, que reduziu 60% das emissões. O engajamento da cadeia de valor, que representa 80% das emissões, envolve mais de 3.000 fornecedores classificados por impacto ambiental. Além disso, o hospital destina R$ 152 milhões para projetos sociais, incluindo uma unidade em Paraisópolis que oferece saúde e educação.

A Sabin, atuando em mais de 70 cidades, destaca-se por sua abordagem tripartite: cuidar da saúde, das comunidades e do futuro. Em 2024, a empresa alcançou 67% de energia limpa e neutralização total de carbono pelo quarto ano consecutivo. O Instituto Sabin investiu R$ 4,5 milhões em projetos sociais, beneficiando 1 milhão de pessoas.

Compromissos do Grupo Fleury

O Grupo Fleury, uma das maiores redes de laboratórios do Brasil, também integra ESG em suas operações. A empresa superou sua meta de beneficiar 1,8 milhão de pessoas das classes C, D e E, vinculada à emissão de R$ 1 bilhão em debêntures sustentáveis. Em 2024, reduziu resíduos biológicos em 15,65% e investiu R$ 13,1 milhões em pesquisa e desenvolvimento, gerando uma economia anual de R$ 20 milhões.

Essas iniciativas demonstram um compromisso crescente do setor de saúde brasileiro com a sustentabilidade e a responsabilidade social, refletindo a necessidade de um sistema de saúde mais equitativo e ambientalmente consciente.