27 de jun 2025

Autoras cristãs alertam sobre livros eróticos direcionados a crianças e adolescentes
Pedagoga alerta sobre livros com conteúdo sexual disfarçado de infantil na Bienal do Livro, pedindo responsabilidade de editoras e livrarias.

Foto: Reprodução
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Durante a Bienal do Livro no Rio de Janeiro, a pedagoga Vitoria Reis denunciou a presença de "livros hot" com conteúdo pornográfico disfarçado em capas voltadas para crianças e adolescentes. Em um vídeo compartilhado nas redes sociais, ela alertou os pais sobre os riscos dessa leitura, afirmando que muitos títulos, apesar de suas capas infantis, contêm material impróprio.
Vitoria destacou que encontrou uma estante repleta de obras com conteúdo sexual explícito, mencionando títulos como “No Ritmo do Jogo” e “Orgulho e Preconceito e nós Duas”. “Capas infantilizadas e coloridas escondem conteúdos podres e totalmente deturpados”, afirmou. A pedagoga enfatizou que muitos pais compram esses livros acreditando que são adequados para seus filhos, o que pode ter consequências graves para o desenvolvimento deles.
Efeitos nocivos da leitura inadequada
A escritora Tatielle Katluryn, também presente na Bienal, reforçou o alerta sobre os perigos desses livros. Ela compartilhou a experiência de uma jovem de 13 anos que procurou uma obra com conteúdo erótico em seu estande. “Por que é aceitável que crianças comprem livros +18, enquanto eram proibidas de alugar filmes pornográficos?”, questionou Tatielle, ressaltando a incoerência nas normas de acesso a diferentes mídias.
Vitoria, que é psicóloga, comentou sobre os efeitos prejudiciais que a exposição precoce a conteúdos sexuais pode causar. Ela relatou sua própria experiência de leitura na adolescência, onde se deixou levar por capas atraentes, mas encontrou material que impactou seu imaginário. “Não adianta dizer que pula as páginas com hot, isso se fixa na mente”, alertou.
A necessidade de regulamentação
Ambas as autoras pediram uma maior responsabilidade das editoras e livrarias. Tatielle sugeriu que as editoras adotem a classificação indicativa nas contracapas dos livros e que as livrarias indiquem claramente quais publicações são destinadas ao público adulto. “Conteúdos impróprios vão afetar gravemente a saúde mental e física dos seus filhos”, concluiu. A discussão sobre a sexualização de menores na literatura continua a ser uma preocupação crescente entre educadores e pais.
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