30 de jun 2025




Onda de calor na Europa atinge 46ºC e provoca alerta para espécies invasoras
O sul da Europa enfrenta uma onda de calor recorde, com temperaturas superando 46°C e aumento de casos de insolação e incêndios florestais.

Uma mulher se protege do sol com um leque perto da Ponte dos Suspiros, em Veneza (Foto: Marco Bertorello / AFP)
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Uma onda de calor intensa atinge o sul da Europa nesta segunda-feira, 30 de outubro, com alertas de saúde e incêndio emitidos em países como Espanha, Portugal, Itália e França. As temperaturas superam 44°C, e a situação é considerada crítica.
Na Espanha, o termômetro alcançou 46°C em El Granado, estabelecendo um novo recorde histórico. Em Madri, os moradores relatam que o calor é anormal para esta época do ano, com temperaturas próximas a 40°C. Em Portugal, dois terços do país estão em alerta vermelho, especialmente na capital, Lisboa, onde os cidadãos tentam se proteger do calor extremo.
Aumento de Casos de Insolação
O calor extremo tem gerado um aumento de 10% nos casos de insolação em hospitais italianos, afetando principalmente idosos e pessoas vulneráveis. Em resposta, cidades como Bolonha abriram "abrigos climáticos" e Roma oferece acesso gratuito a piscinas públicas para maiores de 70 anos. Mario Guarino, vice-presidente da Sociedade Italiana de Medicina de Emergência, destacou que os principais afetados são pacientes com câncer e moradores de rua.
Na França, 84 dos 95 departamentos estão sob alerta laranja, com temperaturas que podem ultrapassar 40°C. A Ministra da Transição Ecológica, Agnès Pannier-Runacher, classificou a situação como sem precedentes. Em Bordeaux, moradores enfrentam condições insuportáveis, buscando abrigo à sombra.
Incêndios Florestais e Riscos Ambientais
A onda de calor também intensifica o risco de incêndios florestais. Na Sicília, bombeiros combateram 15 incêndios no último sábado. Em Portugal, quase 200 bombeiros estão mobilizados para conter um incêndio em Castelo Branco. O calor extremo favorece a presença de espécies invasoras no Mar Mediterrâneo, alertando pescadores e turistas sobre os riscos.
Cientistas afirmam que essas ondas de calor são consequência das mudanças climáticas, que aumentam a frequência e a intensidade desses fenômenos. A situação atual reflete um padrão preocupante, com impactos diretos na saúde pública e no meio ambiente.
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