02 de jul 2025

Dieta rica em fibras pode ajudar na prevenção do melanoma, aponta estudo
Uma dieta rica em fibras pode potencializar a imunoterapia em pacientes com melanoma, aumentando a redução tumoral e diminuindo efeitos colaterais.

Estudo analisou relação entre o consumo de fibras e a resposta à imunoterapia contra um tipo de câncer (Foto: Natsuko D'Aprile/Unsplash)
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Um estudo clínico inédito sugere que uma dieta rica em fibras pode aumentar a eficácia da imunoterapia em pacientes com melanoma, um câncer de pele agressivo. A pesquisa, apresentada no congresso da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (Asco) em Chicago, revela que a ingestão de até 50 gramas de fibras por dia pode resultar em maior redução tumoral e menos efeitos colaterais.
Durante o estudo, 43 voluntários foram divididos em dois grupos: 28 pacientes seguiram uma dieta progressivamente rica em fibras, enquanto 15 mantiveram uma ingestão de apenas 20 gramas por dia. As refeições, elaboradas pelos pesquisadores, incluíram pratos típicos da culinária do Texas, como frango teriyaki e brownie de feijão preto. O acompanhamento durou dez semanas, focando em pacientes que recebiam imunoterapia com inibidores de checkpoint imunológico.
Os resultados foram significativos. Setenta e sete por cento dos pacientes que adotaram a dieta rica em fibras apresentaram redução tumoral, em comparação a apenas 29% do grupo controle. Além disso, os que consumiram mais fibras tiveram uma maior sobrevida livre de progressão da doença e menos reincidências. Os efeitos colaterais também foram mais leves, com 71,4% dos pacientes da dieta rica em fibras relatando eventos adversos, contra 93,3% no grupo controle.
O oncologista Gustavo Schvartsman, do Einstein Hospital Israelita, destacou que, embora o estudo seja pequeno e de fase 2, os resultados são promissores. Ele explicou que a diversidade da microbiota intestinal, estimulada pelo consumo de fibras, pode influenciar positivamente o sistema imunológico. A fermentação das fibras gera ácidos graxos que ajudam a reduzir inflamações, fortalecendo a resposta imune contra o câncer.
Embora o estudo não seja conclusivo, Schvartsman sugere que as descobertas podem ser implementadas como recomendações nas consultas médicas, abrindo novas possibilidades para o tratamento do melanoma.
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