03 de jul 2025

Folha de São Paulo
Fonte
Saúde

Cuidadores recebem apoio essencial para melhorar sua saúde mental e bem-estar

Cuidadores de demência enfrentam exaustão e abandono profissional, enquanto Brasil carece de centros de acolhimento e políticas públicas efetivas.

Idosos participam de atividade terapêutica em centro-dia, em São Paulo (SP) (Foto: Divulgação/Asa)

Idosos participam de atividade terapêutica em centro-dia, em São Paulo (SP) (Foto: Divulgação/Asa)

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As demências, que causam um déficit progressivo na função cognitiva, afetam não apenas os pacientes, mas também seus cuidadores, que são predominantemente mulheres. Uma pesquisa da Unifesp revela que 93,6% dos cuidadores de demência no Brasil são mulheres, com uma média de idade de 48,8 anos. Este cenário se agrava, pois 42,8% dessas mulheres abandonaram seus empregos para cuidar dos pacientes, e em 94,9% dos casos, essa tarefa é realizada sem remuneração.

Os dados são alarmantes: 85% dos cuidadores relatam exaustão emocional, enquanto 78% sentem cansaço físico constante. Além disso, 62,5% afirmam que a função de cuidar impactou negativamente suas vidas pessoais. A falta de suporte adequado é evidente, já que existem apenas 183 centros-dia para acolhimento de idosos com demência no Brasil, e a maioria não é voltada para o tratamento de transtornos cognitivos.

Necessidade de Políticas Públicas

A situação exige uma resposta urgente do poder público. É fundamental que sejam implementadas políticas públicas integradas que considerem não apenas o tratamento dos pacientes, mas também o suporte aos cuidadores. O envelhecimento da população brasileira torna essa questão ainda mais premente. Dados do IBGE mostram que a população acima de 60 anos saltou de 8,7% para 15,6% entre 2000 e 2022, e a projeção para 2050 é de 5,7 milhões de pessoas com demência.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que cerca de 40% dos casos de demência poderiam ser evitados com ações focadas em 12 fatores de risco, como hipertensão e sedentarismo. Portanto, é essencial que o Estado aloque recursos não apenas para o tratamento interdisciplinar, mas também para a prevenção, visando mitigar os impactos do envelhecimento e o aumento dos casos de demência no Brasil.

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