04 de jul 2025

Baleia azul é avistada na costa do litoral paulista em impressionante registro
Pesquisadoras monitoram a saúde da baleia azul avistada em Ilhabela e alertam sobre os riscos da atividade humana na região.

Baleia-azul é vista e gravada no sul de Ilhabela. (Foto: Gabriela Guimarães/ VIVA Instituto Verde Azul)
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Pesquisadoras do Viva Instituto Verde Azul avistaram uma baleia-azul jovem em Ilhabela, SP, no dia 27 de setembro, um evento inédito na costa paulista. A presença desse cetáceo, o maior animal do mundo, é extremamente rara no Brasil, especialmente em áreas costeiras.
O exemplar avistado mede cerca de 20 metros, indicando que se trata de um animal jovem. A fundadora do instituto, Mia Morete, destacou a importância do avistamento, ressaltando que a baleia-azul foi severamente caçada no século passado e está criticamente ameaçada. A equipe do instituto já realiza monitoramento na região há cinco anos e confirmou a identificação do animal com a ajuda de especialistas de outros países.
Ilhabela é um local privilegiado para a observação de cetáceos, com a possibilidade de avistar até 14 espécies diferentes, incluindo a baleia-azul. A bióloga Marina Leite Marque, integrante da equipe, comentou que a aparição do cetáceo na costa é incomum, já que os poucos registros anteriores ocorreram em áreas oceânicas.
Hipóteses sobre a Aparição
As pesquisadoras levantaram algumas hipóteses sobre a razão da aproximação da baleia-azul à costa. Mudanças nas correntes oceânicas ou no ambiente onde o animal estava podem ter influenciado esse comportamento. Marina também mencionou a possibilidade de que a baleia não esteja saudável, embora não tenha sido possível avaliar sua condição a partir das imagens.
Apesar do avistamento ser motivo de celebração, as pesquisadoras expressaram preocupação com os impactos humanos na região costeira. A presença de embarcações, poluição sonora e resíduos plásticos podem afetar a comunicação e a saúde dos cetáceos que transitam por ali. A baleia-azul avistada aparenta estar sozinha, mas isso não significa que esteja isolada, já que esses animais se comunicam a longas distâncias.
A equipe do Viva Instituto Verde Azul continua a monitorar a situação, enfatizando a necessidade de políticas públicas de proteção para preservar a biodiversidade da região e garantir a segurança dos cetáceos que habitam essas águas.
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