Saúde

Mar pode subir 100 metros e ameaçar Ipanema e Copacabana até 2100, alerta estudo

Estudo da UFRJ revela que o avanço do mar pode afetar praias cariocas em até 100 metros até 2100, aumentando riscos para banhistas.

Foto: Reprodução

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As praias de Ipanema e Copacabana, no Rio de Janeiro, enfrentam riscos crescentes devido à elevação do nível do mar, conforme um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A pesquisa, divulgada pelo jornal O Globo e pelo G1, aponta que o mar pode avançar mais de 100 metros até 2100, transformando inundações sazonais em permanentes.

O estudo, liderado pela pesquisadora Raquel Santos, indica que o nível médio do mar pode subir 0,78 metro ao longo do século, com uma taxa de elevação de 7,5 mm por ano, superando a média global. As simulações abrangem não apenas Copacabana, mas também Ipanema, Leblon, Leme e Botafogo, onde a faixa de areia pode encolher até 80 metros em condições normais. Durante eventos de maré alta e ressaca, essa redução pode ser ainda maior, chegando a 60 metros.

Riscos para Banhistas

Os pesquisadores alertam que o comportamento das correntes já representa um risco significativo para os banhistas. A atenção deve ser redobrada em áreas com bandeira vermelha, que indicam perigo. Além disso, a frequência de eventos extremos, como ressacas, pode aumentar, exigindo vigilância constante.

O estudo também revela um aumento do espelho d'água nas lagoas costeiras, como a Lagoa Rodrigo de Freitas, e o risco de desaparecimento de áreas de manguezal. O Índice de Vulnerabilidade Costeira (IVC) aponta que mais de 75% da costa entre a Bahia e o Rio Grande do Sul apresenta alta vulnerabilidade à elevação do mar, com a costa carioca sendo uma das mais críticas.

Medidas de Mitigação

Luis Paulo de Freitas Assad, coordenador do estudo, enfatiza que é possível mitigar os impactos do avanço do mar com ações coordenadas. Ele sugere que, em nível global, é essencial reduzir a emissão de gases de efeito estufa, enquanto soluções de engenharia costeira podem ser implementadas localmente. O pesquisador destaca que as mudanças climáticas não apenas elevam o nível do mar, mas também intensificam a frequência de eventos extremos.

A pesquisa utiliza modelagem hidrodinâmica regionalizada, uma abordagem inovadora no Brasil, para prever os efeitos das mudanças climáticas no litoral. A ferramenta ROMS, um simulador do oceano, foi empregada para entender como as alterações climáticas impactam a costa carioca. Os pesquisadores defendem a necessidade de investimentos em sistemas de previsão e alerta para proteger a população durante eventos extremos.

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