07 de jul 2025

Cuidado negligenciado resulta em fratura e alerta sobre saúde pública
Cresce a resistência a antibióticos, exigindo uma mudança cultural que valorize o cuidado e a convalescença na saúde pública.

Marina Camprubí (Foto: Reprodução)
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A antropóloga Margaret Mead destacou que o primeiro sinal de civilização é o cuidado com o próximo, exemplificado por um fêmur fraturado que mostra sinais de cura. Essa reflexão é relevante no contexto atual, onde a saúde pública e mental enfrentam desafios.
A resistência crescente a antibióticos, impulsionada pelo estilo de vida moderno e pela pressão por produtividade, gera um ciclo vicioso de infecções. Rocío Álvarez Marín, infectóloga, afirma que essa resistência está ligada à mudança de um enfoque coletivo para um individual na saúde. Antes da descoberta dos antibióticos, o tratamento de infecções graves dependia de cuidados e do fortalecimento do corpo.
Atualmente, o uso excessivo de antibióticos, tanto em hospitais quanto em consultórios, é motivado por fatores que vão além da ciência. A pressão por resultados rápidos e o medo de erros levam médicos a prescreverem medicamentos sem considerar a necessidade real. Esse paradigma "medicamento-cêntrico" distorce a percepção da doença, levando à busca por soluções imediatas.
A sociedade contemporânea, marcada pelo turbocapitalismo, não permite que as pessoas parem para se recuperar. Clara López, que convive com doenças crônicas, relata a pressão que enfrenta ao compartilhar sua condição, evidenciando a expectativa de produtividade constante. Essa realidade gera desconforto e ignora a fragilidade humana.
Diante desse cenário, é fundamental promover uma mudança cultural que valorize o cuidado e a convalescença. Em vez de pressões para a recuperação rápida, é necessário incentivar a pausa e o descanso. Essa abordagem pode ajudar a transformar a forma como lidamos com a saúde e a doença, permitindo que as pessoas se recuperem de maneira mais eficaz e saudável.
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