Erin Brockovich defende ações locais para enfrentar a crise climática global

Erin Brockovich, ativista ambiental de 65 anos, continua a ser uma voz influente na luta pela justiça climática. Em seu livro Superman’s Not Coming, publicado em 2020, ela enfatiza a importância da autoafirmação e da ação individual na proteção do meio ambiente. Brockovich ficou famosa após vencer, em 2000, um caso contra a Pacific Gas & Electric, resultando em uma indenização histórica de 333 milhões de dólares por contaminação da água em Hinkley, Califórnia.

Durante um evento em Barcelona, Brockovich destacou que proteger o planeta é uma questão de defesa própria, não uma questão de ideologia. Ela critica a desinformação e a falta de regulação ambiental, refletindo sobre os desafios que enfrentou como mulher em um campo dominado por homens. A ativista recorda que, após um acidente de carro em 1990, começou a trabalhar em um escritório de advocacia, onde descobriu documentos sobre doenças na comunidade de Hinkley, o que a levou a investigar a contaminação.

Brockovich também expressou preocupação com a atual situação política nos Estados Unidos, questionando se sua vitória judicial teria sido possível sob a administração de Donald Trump. Ela acredita que a falta de regulamentações na época facilitou sua luta. A ativista defende que cada um deve ser seu próprio modelo a seguir, ressaltando que a mudança começa em nível local, em "nosso próprio quintal".

Atualmente, Brockovich lidera a Brockovich Research & Consulting, onde assessora comunidades afetadas pela poluição e promove a conscientização sobre a crise hídrica. Ela é reconhecida como uma das mulheres mais influentes na causa ambiental dos últimos cem anos, unindo feminismo e justiça social em sua luta. Para ela, o instinto de luta é fundamental e deve ser cultivado por todos.