09 de jul 2025
Médicos em Gaza compartilham incubadoras para salvar bebês em meio à crise de combustível
Médicos em Gaza alertam sobre colapso iminente de hospitais e aumento nas mortes devido à falta de combustível e suprimentos essenciais.

Foto: Reprodução
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Médicos em Gaza enfrentam uma crise humanitária sem precedentes, com hospitais alertando sobre a iminente paralisação de serviços essenciais devido à falta de combustível. A situação se agrava com a superlotação de bebês em incubadoras, onde múltiplos recém-nascidos são forçados a compartilhar o mesmo equipamento.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) declarou que a crise de combustível está em um ponto crítico. “Hospitais estão racionando. Ambulâncias estão paradas. Sistemas de água estão à beira do colapso,” afirmou a OCHA, ressaltando que a falta de combustível pode levar a um aumento drástico nas mortes. A escassez de suprimentos médicos e alimentos já havia sido exacerbada por um bloqueio israelense que durou 11 semanas.
Situação nos Hospitais
Profissionais de saúde relatam que a falta de energia está comprometendo o atendimento. O diretor do Hospital Al-Ahli, Dr. Fadel Naim, destacou que a superlotação é resultado direto da guerra e do bloqueio, transformando o cuidado a bebês prematuros em uma questão de vida ou morte. “Nenhuma criança deveria nascer em um mundo onde bombas e bloqueios decidem se vivem ou morrem,” afirmou Naim.
O Hospital Al-Shifa, um dos principais da região, também enfrenta dificuldades. Seu diretor, Dr. Mohammad Abu Silmiya, alertou que, sem a entrada de combustível nas próximas horas, o hospital poderá fechar, colocando em risco a vida de centenas de pacientes, incluindo 22 bebês em incubadoras.
Impacto Geral
Além dos hospitais, a falta de combustível afeta serviços básicos em Gaza, como cozinhas e sistemas de dessalinização. O Ministério da Saúde local informou que a dificuldade em encontrar peças de reposição para geradores agrava ainda mais a situação. O Hospital Al-Aqsa Martyrs, por exemplo, anunciou que seu gerador principal quebrou, forçando-o a depender de uma unidade menor.
A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) descreveu a situação como uma “crise humanitária sem precedentes” e pediu um cessar-fogo imediato, além da entrada de ajuda humanitária em maior escala. A MSF enfatizou que suas equipes estão lutando para tratar os feridos enquanto a situação se deteriora rapidamente, ameaçando a vida de milhões de palestinos em Gaza.


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