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09 de jul 2025

Ostras brasileiras contêm bactérias multirresistentes e metais pesados tóxicos

Estudo revela bactérias multirresistentes e arsênio acima do permitido em ostras cruas no Brasil, alertando para riscos à saúde pública.

Ostras analisadas pelos pesquisadores da USP (Foto: Felipe Vásquez Ponce/Divulgação)

Ostras analisadas pelos pesquisadores da USP (Foto: Felipe Vásquez Ponce/Divulgação)

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Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) identificaram bactérias multirresistentes e altos níveis de arsênio em ostras cruas comercializadas no Brasil. A pesquisa, publicada na revista Food Research International, analisou 108 ostras das espécies Crassostrea gigas e Crassostrea brasiliana entre setembro de 2022 e março de 2023 em mercados de cinco cidades: Santos, Cananéia, Peruíbe, São Paulo e Florianópolis.

As ostras, por serem filtradoras, acumulam contaminantes, incluindo metais pesados e microrganismos patogênicos. O estudo revelou a presença de pelo menos cinco tipos de bactérias resistentes a antibióticos, como Klebsiella pneumoniae e Escherichia coli, que representam riscos à saúde pública, especialmente para indivíduos com sistema imunológico comprometido. O biólogo Felipe Vásquez Ponce, autor da pesquisa, destacou que mesmo pessoas saudáveis podem disseminar essas bactérias sem apresentar sintomas.

Níveis de Arsênio Preocupantes

Além das bactérias, os pesquisadores encontraram níveis de arsênio superiores ao limite permitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é de 1 mg/kg. Em um dos casos, o nível alcançou 1,95 mg/kg. O arsênio é um composto carcinogênico, aumentando o risco de tumores, especialmente de pele, bexiga e pulmão. Ponce alertou que o consumo frequente de ostras com altos níveis de arsênio pode elevar o risco de câncer.

Para minimizar os riscos, o cientista recomenda evitar o consumo de ostras cruas, optando por preparações cozidas, grelhadas ou assadas. Ele também sugere que os consumidores verifiquem a procedência das ostras, evitando compras em locais informais e sem fiscalização. Os autores do estudo pedem uma vigilância sanitária mais rigorosa e monitoramento constante dos níveis de arsênio nos produtos.

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