21 de mar 2025
A felicidade feminina em alta contrasta com o aumento da ansiedade e do estresse
Mulheres relatam altos níveis de felicidade, mas enfrentam aumento de ansiedade e depressão. Entenda o paradoxo do bem estar feminino.
Entenda por que as mulheres se sentem satisfeitas, mas estão mais ansiosas do que nunca (Foto: Freepik)
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A felicidade das mulheres tem sido um tema de crescente discussão, especialmente em relação à qualidade de vida. Um estudo recente publicado na Science Advances revela um fenômeno intrigante: apesar de relatar níveis mais altos de satisfação com a vida, as mulheres apresentam índices alarmantes de ansiedade, estresse e depressão. Dados da Encuesta Nacional de Salud en España 2023 mostram que 14% das mulheres foram diagnosticadas com ansiedade, em comparação a apenas 7% dos homens. Essa discrepância sugere que a pressão cultural para que as mulheres sejam resilientes pode ocultar o impacto do estresse acumulado.
A sobrecarga de responsabilidades é um fator crucial nesse contexto. Uma pesquisa da Vidalink indica que 39,44% das mulheres enfrentam a dupla jornada, equilibrando trabalho e tarefas domésticas, enquanto apenas 24% dos homens se encontram nessa situação. A maternidade agrava essa carga, com mulheres com filhos dedicando, em média, quatro horas a mais em tarefas domésticas do que os pais. Essa pressão constante pode levar a problemas de saúde mental, como burnout e transtornos do sono.
Rodrigo de Aquino, especialista em felicidade, destaca que a sensação de dever cumprido pode ser confundida com felicidade genuína. Muitas mulheres, ao tentarem atender a expectativas irreais, acabam apenas sobrevivendo ao ritmo acelerado do cotidiano, sem tempo para se reconectar consigo mesmas. Ele enfatiza que a verdadeira felicidade não se resume a fazer mais, mas a encontrar prazer e propósito nas atividades diárias.
Para promover um bem-estar real, é fundamental que as mulheres aprendam a redefinir prioridades, delegar tarefas e criar redes de apoio. Pequenas pausas durante o dia e o respeito ao próprio ritmo são essenciais para evitar a exaustão emocional. A felicidade deve ser vista como um estado construído diariamente, e não como um objetivo inalcançável.
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