21 de mar 2025
Incels: o movimento sombrio e suas implicações na série 'Adolescência'
Série da Netflix provoca debate sobre incels e violência, levando autoridades a considerar classificação como terrorismo e especialistas a sugerirem foco em saúde mental.
Ciberviolência e o universo dos incels (Foto: Netflix)
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A série Adolescência, da Netflix, conquistou o público global com sua narrativa envolvente e atuações de jovens atores. A trama acompanha Jamie Miller, um adolescente britânico de 13 anos que é preso após o assassinato de uma colega. A produção aborda temas como masculinidade tóxica, violência online e o fenômeno dos incels, que se referem a indivíduos que se consideram incapazes de estabelecer relacionamentos amorosos, frequentemente culpando as mulheres por sua situação.
O termo "incel" surgiu nos anos 1990 e ganhou notoriedade com a ascensão das redes sociais, onde muitos usuários expressam frustração e ressentimento. Em 2021, Jake Davison, um defensor de ideias incel, cometeu um massacre no Reino Unido, enquanto Elliot Rodger, em 2014, também se tornou conhecido por um ataque violento motivado por sua insatisfação com as relações femininas. Esses eventos alarmaram as autoridades, que consideram a possibilidade de classificar grupos incels como organizações terroristas.
Pesquisadores, como Florence Keen, destacam que nem todos os incels são violentos, mas muitos compartilham uma visão distorcida sobre relacionamentos e sexualidade. A série Adolescência explora a ideia de que 80% das mulheres se atraem por apenas 20% dos homens, refletindo a frustração de muitos incels. Além disso, a "pílula negra" é uma metáfora que sugere que esses indivíduos devem aceitar sua condição como resultado de forças externas, como o feminismo.
Estudos indicam que a questão dos incels deve ser tratada como um problema de saúde mental. O psiquiatra Andrew Thomas sugere que, ao oferecer apoio psicológico, é possível romper o ciclo de frustração e ressentimento. Ex-integrantes de fóruns incels, como Jack Peterson, relatam que mudar a perspectiva sobre relacionamentos e cultivar uma atitude positiva pode levar a melhores interações sociais e emocionais.
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