18 de abr 2025
A indústria de longevidade cresce, mas clínicas oferecem tratamentos duvidosos e caros
A indústria de longevidade cresce, mas muitas clínicas oferecem tratamentos não comprovados e enfrentam dificuldades financeiras.
Uma pesquisa com 82 clínicas ao redor do mundo revela o estado confuso da medicina da longevidade. (Foto: Reprodução/@MIT)
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Clínicas de longevidade enfrentam desafios financeiros e oferecem tratamentos sem comprovação científica. Um levantamento com 82 clínicas de longevidade ao redor do mundo revelou que a maioria atende clientes entre 44 e 59 anos e oferece serviços que variam de tratamentos estéticos a terapias experimentais, como células-tronco.
Apesar dos altos custos, apenas 39% das clínicas são lucrativas. Os gastos anuais para clientes podem variar de US$ 10 mil a US$ 150 mil, conforme dados da Fountain Life, empresa com unidades na Flórida e em Praga. A pesquisa indica que 30% das clínicas estão próximas do ponto de equilíbrio e 16% operam com prejuízo.
Tratamentos não comprovados são comuns. Mais de um terço das clínicas oferece terapias com células-tronco, que não possuem evidências científicas de eficácia para prolongar a vida e apresentam riscos. Além disso, muitas prescrevem medicamentos já aprovados para outras condições, buscando efeitos anti-idade, o que também não é recomendado.
A distinção entre medicina da longevidade e estética é tênue. A pesquisa aponta que 28% das clínicas oferecem injeções de Botox, 35% tratam a queda de cabelo e 38% realizam procedimentos de rejuvenescimento facial. Andrea Maier, da Universidade Nacional de Singapura, ressalta que a linha entre as duas áreas ainda é pouco clara.
A maioria das clínicas é supervisionada por médicos experientes. Mais de 80% das clínicas contam com a supervisão de médicos com mais de dez anos de experiência clínica. No entanto, a falta de regulamentação e a oferta de tratamentos sem comprovação científica levantam questionamentos sobre a credibilidade do setor.
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