Saúde

Yara Barros recebe prêmio internacional por conservação das onças-pintadas no Brasil

Yara Barros, bióloga brasileira, recebe o Whitley Prize por seu trabalho na conservação das onças pintadas e transforma conflitos em soluções.

Yara Barros e a onça macho Hendu, capturada em 17 de abril de 2025 (Foto: Divulgação/Projeto Onças do Iguaçu)

Yara Barros e a onça macho Hendu, capturada em 17 de abril de 2025 (Foto: Divulgação/Projeto Onças do Iguaçu)

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Yara Barros, bióloga brasileira, foi premiada com o Whitley Prize em Londres, considerado o "Oscar Verde", por seu trabalho na conservação das onças-pintadas na Mata Atlântica. A premiação reconhece sua contribuição para aumentar a população de onças no Parque Nacional do Iguaçu, onde a espécie está criticamente ameaçada.

Barros, coordenadora-executiva do Projeto Onças do Iguaçu, destacou que seu trabalho transforma a paixão pela espécie em benefícios para a comunidade local. "Minha meta é transformar medo em encantamento", afirmou. O projeto, que começou em 2018, ajudou a elevar a população de onças de nove para 25 no lado brasileiro do parque, e 91 considerando o corredor verde entre Brasil e Argentina.

Além do Whitley Prize, Barros foi eleita uma das mulheres mais destacadas em pesquisa e exploração pelo prêmio Women of Discovery (Wings 2025), que será entregue em outubro em Nova York. O reconhecimento ressalta a importância da ciência brasileira na conservação ambiental, especialmente em um ano em que o Brasil sedia a COP30.

Impacto Local

O projeto de Barros não apenas protege as onças, mas também promove o desenvolvimento econômico na região. Com cerca de 400 visitas anuais a propriedades locais, a equipe ensina práticas de manejo para evitar conflitos entre onças e animais domésticos. Além disso, iniciativas como o Crocheteiras da Onça capacitam mulheres da comunidade a produzir e vender artesanatos.

Barros também enfrenta desafios, como preconceitos de gênero e etarismo. "Nunca sofri com as onças, mas sim por ser mulher e agora, aos 59 anos", disse. O prêmio de 50 mil libras (aproximadamente R$ 380 mil) será utilizado para expandir sua equipe, que atualmente conta com seis membros, cinco deles mulheres.

O trabalho de Yara Barros é um exemplo de como a conservação pode ser aliada ao desenvolvimento sustentável, promovendo a coexistência pacífica entre humanos e felinos.

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