04 de mai 2025
Família de paciente processa Incor e estudantes por vídeo desrespeitoso no TikTok
Família de Vitória Chaves processa Incor e estudantes de medicina por vídeo no TikTok que expôs sua condição, pedindo R$ 632,7 mil por danos morais.
Alunas de medicina contaram a história de uma paciente transplantada nas redes sociais; a família vê 'desrespeito' (Foto: Reprodução/TikTok)
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A família de Vitória Chaves, que faleceu após quatro transplantes de órgãos, processa o Instituto do Coração (Incor) e duas estudantes de medicina. O processo foi motivado por um vídeo publicado no TikTok que expôs a situação da paciente, gerando repercussão negativa.
O pedido de indenização é de R$ 632,7 mil por danos morais. A mãe de Vitória, Claudia Parecida da Rocha Chaves, e a irmã, Giovana Chaves dos Santos, alegam que as estudantes violaram a ética médica ao expor um caso sensível. As estudantes, Gabrielli Farias de Souza e Thais Caldeira Soares Foffano, negam qualquer intenção de desrespeito e afirmam que o vídeo tinha o objetivo de relatar um caso clínico raro.
No vídeo, as estudantes descreveram a condição de Vitória, que já havia passado por três transplantes cardíacos. A gravação, que ficou disponível por alguns dias, foi retirada após críticas. A família argumenta que, mesmo sem a menção do nome da paciente, a identificação foi fácil devido à singularidade do caso.
Repercussão e Ações Legais
O advogado da família, Eduardo Barbosa, destacou que a ação busca reparar o sofrimento causado pela divulgação do vídeo. Ele também mencionou a necessidade de tratamento psicológico para a mãe e a irmã de Vitória, que enfrentaram grande abalo emocional após a morte da jovem.
As estudantes afirmaram que não tinham acesso ao prontuário de Vitória e que não sabiam sua identidade. Elas ressaltaram que o vídeo visava apenas compartilhar a surpresa diante de um caso clínico raro. A Faculdade de Medicina da USP notificou as universidades das estudantes e afirmou que orientações sobre ética nas redes sociais serão fornecidas.
A situação levanta questões sobre a ética na divulgação de informações médicas e o respeito à privacidade dos pacientes. A repercussão do caso continua a gerar debates nas redes sociais e entre profissionais da saúde.
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