As mergulhadoras 'haenyeo' da Coreia do Sul coletam frutos do mar, uma tradição que remonta a séculos. (Foto: Chung Sung-Jun/Getty)

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Haenyeo de Jeju Island revelam adaptações genéticas para mergulho sem oxigênio - Haenyeo de Jeju Island revelam adaptações genéticas para mergulho sem oxigênio

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As Haenyeo, mulheres do mar da ilha de Jeju, na Coreia do Sul, têm uma tradição de mergulho sem equipamento que remonta a séculos. Um estudo recente revelou adaptações genéticas que permitem a essas mergulhadoras tolerar melhor a pressão e o frio, além de apresentar uma redução na pressão arterial.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, Los Angeles, e da Universidade de Utah analisaram 30 Haenyeo, 30 mulheres não mergulhadoras da ilha e 31 residentes do continente. O estudo, publicado na revista Cell Reports, identificou variações genéticas que podem ter evoluído para ajudar as Haenyeo a lidar com o estresse fisiológico do mergulho livre.

As Haenyeo mergulham em busca de frutos do mar, como ouriços-do-mar e abalone, descendo até 18 metros de profundidade. Elas praticam essa atividade durante todo o ano, mesmo durante a gravidez. A pesquisa mostrou que as mergulhadoras têm uma frequência cardíaca que diminui significativamente durante os mergulhos, o que ajuda a conservar oxigênio.

Além disso, o estudo revelou que os residentes de Jeju têm uma variante genética associada à pressão arterial mais baixa, encontrada em 33% das participantes da ilha, em comparação com apenas 7% entre as do continente. Essa adaptação pode ter surgido para proteger os fetos durante a gravidez, quando a pressão arterial elevada pode ser perigosa.

Os pesquisadores também notaram que as Haenyeo demonstram uma tolerância notável ao frio, o que pode estar relacionado a outra variação genética que as torna menos suscetíveis à hipotermia. A tradição das Haenyeo foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela UNESCO em 2016, destacando seu papel na economia local e no empoderamento feminino.

O estudo levanta questões sobre como essas adaptações genéticas podem influenciar tratamentos para distúrbios de pressão arterial. A pesquisa continua, com o objetivo de entender melhor as implicações médicas dessas descobertas e a singularidade das Haenyeo.

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