03 de jun 2025
Custos hospitalares no Brasil sobem e impactam sustentabilidade do setor em 2024
Custos hospitalares no Brasil disparam em 2024, com medicamentos subindo 16,9% e internações também em alta, pressionando a sustentabilidade do setor.
Foto:Reprodução
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O setor médico e hospitalar brasileiro enfrenta, em 2024, um aumento significativo nos custos operacionais, com destaque para a alta de 16,9% nos preços dos medicamentos. O Boletim Informativo Planisa (BIP) aponta que os custos hospitalares subiram em praticamente todas as áreas, complicando a sustentabilidade financeira de hospitais e operadoras de saúde.
Os medicamentos, especialmente os de alta complexidade, como imunobiológicos e agentes oncológicos, são os principais responsáveis por esse aumento. A inflação oficial (IPCA) foi de apenas 3,9% no mesmo período, evidenciando a disparidade. Além disso, os materiais hospitalares tiveram uma elevação de 14,2% entre 2023 e 2024.
Aumento nos Custos de Atendimento
Os serviços de apoio também registraram aumentos expressivos. O custo da hora do centro cirúrgico subiu 15%, impulsionado por um aumento de 19% nos custos com pessoal não médico. O custo médio por paciente no pronto-socorro aumentou 17%, refletindo um crescimento de 10% nos custos com pessoal médico e não médico.
Nas unidades de internação, os custos também seguiram em alta. A internação em unidades não críticas adultas teve um aumento de 10,4%, passando de R$ 882,00 em 2023 para R$ 974,00 em 2024. As UTIs adultas apresentaram um crescimento mais modesto de 3,3%.
Impacto nos Serviços de Apoio
Outros serviços hospitalares, como lavanderia e alimentação, também enfrentaram elevações. O custo médio por quilo de roupa processada cresceu 15%, com aumentos ainda mais acentuados em unidades com lavanderia terceirizada. O custo diário de alimentação do paciente subiu de R$ 65,00 para R$ 73,00, uma alta de 12,3%.
Esses aumentos nos custos operacionais acentuam os desafios enfrentados pelo setor, que já lidava com dificuldades financeiras antes de 2024. A combinação de custos elevados e a queda na taxa de ocupação das salas cirúrgicas, que caiu 9%, agrava ainda mais a situação.
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