06 de jan 2025
Vacina da USP contra Covid-19 mostra eficácia em testes com camundongos
Pesquisadores da FMUSP desenvolvem vacina contra Covid 19 com partículas semelhantes a vírus (VLPs). Estudos em camundongos mostram segurança e eficácia da vacina, publicada na Scientific Reports. A vacina não requer adjuvantes, reduzindo custos e dependência de empresas fornecedoras. Tecnologia VLP permite adaptação para outras doenças, como a zika, aumentando versatilidade. Projeto é apoiado pela FAPESP e busca criar uma plataforma para diversas vacinas.
Foto:Reprodução
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Pesquisadores do Laboratório de Imunologia do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) anunciaram que a vacina contra a Covid-19 em desenvolvimento é segura e eficaz em induzir resposta imune em camundongos. Os resultados foram publicados na revista Scientific Reports. O projeto, liderado por Gustavo Cabral de Miranda e apoiado pela FAPESP, utiliza uma abordagem inovadora que prioriza a plasticidade da formulação, facilitando atualizações contra novas variantes do vírus.
A vacina é baseada em partículas semelhantes a vírus (VLPs), que imitam a estrutura viral sem conter material genético, eliminando o risco de replicação e infecção. Cabral explica que as VLPs podem atuar como vacina ou se ligar a um antígeno, como a proteína spike do SARS-CoV-2, estimulando a produção de anticorpos. Esse método permite a produção em laboratório por meio de bactérias, tornando o processo mais flexível e econômico.
Outra característica importante da vacina é a dispensa de adjuvantes, substâncias que potencializam a resposta imune. O pesquisador destaca que a formulação foi otimizada para usar o mínimo de componentes externos, o que reduz custos e a dependência de empresas que fabricam adjuvantes. A tecnologia autoadjuvante desenvolvida pela equipe representa um avanço significativo na produção de vacinas.
Além de combater a Covid-19, a equipe da FMUSP busca desenvolver uma plataforma tecnológica que permita a criação de vacinas para diferentes doenças. A flexibilidade da tecnologia VLP possibilita a troca de antígenos, como a substituição da proteína do SARS-CoV-2 por uma do vírus da zika, ampliando as aplicações da pesquisa.
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