16 de jan 2025
Aumento de diagnósticos de câncer entre mulheres jovens surpreende especialistas nos EUA
Charmella e Kiki Roark, irmãs de New Jersey, enfrentaram câncer de mama jovem. Relatório da American Cancer Society revela aumento de câncer em mulheres jovens. Mulheres abaixo de cinquenta anos têm 82% mais chances de câncer que homens. Disparidades raciais nas taxas de mortalidade afetam mulheres negras desproporcionalmente. Fatores como obesidade e padrões de fertilidade são investigados como causas.
Foto: Reprodução
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Charmella Roark recorda o choque que sentiu ao saber do diagnóstico de câncer de sua irmã mais nova, Kiki Roark, em 2018. Kiki, que tinha 37 anos, anunciou no grupo familiar que havia sido diagnosticada com câncer de mama em estágio I, a mesma doença que havia tirado a vida de uma tia anos antes. Charmella, que descreveu Kiki como sua "primeira melhor amiga", nunca imaginou que, quatro anos depois, também receberia o mesmo diagnóstico. Um relatório da American Cancer Society revela que o número de diagnósticos de câncer entre mulheres jovens nos Estados Unidos está aumentando, com câncer de mama e tireoide liderando essa tendência.
Kiki enfrentou dificuldades para obter um diagnóstico, já que médicos inicialmente consideraram desnecessário um mamograma devido à sua idade. Após insistir, ela finalmente fez o exame, que confirmou a presença de câncer. Charmella, inspirada pela luta da irmã, começou a realizar mamografias regularmente. Em 2022, uma dessas mamografias revelou que ela também tinha câncer de mama em estágio I, aos 44 anos. Ambas as irmãs agora fazem parte da estatística de uma em cada três mulheres nos EUA que serão diagnosticadas com câncer ao longo da vida.
O relatório indica que, em 2021, mulheres com menos de 50 anos apresentaram uma taxa de incidência de câncer 82% maior do que seus pares masculinos. Dr. William Dahut, da American Cancer Society, destacou que, pela primeira vez, mulheres abaixo de 65 anos têm maior probabilidade de desenvolver câncer do que homens na mesma faixa etária. Apesar de as taxas de câncer entre homens terem diminuído, a incidência entre mulheres jovens continua a crescer, refletindo uma mudança significativa nos padrões de diagnóstico.
Embora Charmella e Kiki estejam livres do câncer, elas reconhecem as disparidades enfrentadas por mulheres negras nos EUA, que têm uma taxa de mortalidade 41% maior em relação ao câncer de mama em comparação com mulheres brancas. O relatório também aponta que a mortalidade por câncer está diminuindo, com uma queda de 34% desde 1991, atribuída a melhores métodos de detecção e avanços nos tratamentos. As irmãs enfatizam a importância de defender o acesso a esses avanços médicos, ressaltando que a autoavaliação e a insistência em exames podem salvar vidas.
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