11 de fev 2025

Pessoas com obesidade grave enfrentam abandono em uma ilha esquecida no Brasil
A obesidade grave no Brasil afeta milhões, agravada por alimentos ultraprocessados. Apenas 98 serviços do SUS atendem obesidade mórbida, com 7.000 resgates anuais. Pacientes enfrentam doenças como hipertensão e diabetes, sem acesso a tratamento. Cirurgias em superobesos são complexas, exigindo nutrição adequada e cirurgiões especializados. A falta de recursos e políticas públicas agrava a situação, deixando muitos sem esperança.
Foto:Reprodução
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A obesidade grave no Brasil é comparada a uma ilha isolada, onde milhões de pessoas enfrentam a falta de recursos e atendimento médico. Esses indivíduos, muitas vezes sem esperança, tentam acessar clínicas e hospitais, mas acabam "naufragando" em sua luta contra a doença. A jornada começa com a escassez de informação e a dificuldade financeira, levando muitos a optarem por alimentos ultraprocessados e baratos, que contribuem para o agravamento da obesidade.
Os relatos de quem vive essa realidade são alarmantes. Durante anos, esses pacientes enfrentam doenças como hipertensão e diabetes, além do preconceito e da falta de profissionais qualificados. Mesmo quando conseguem algum tipo de atendimento, a falta de recursos muitas vezes resulta na interrupção do tratamento, levando a um ciclo de agravamento da saúde. A situação é ainda mais crítica em regiões como Roraima e Amazonas, onde a escassez de serviços especializados é evidente.
Apenas sete mil pessoas são resgatadas anualmente, em um cenário onde existem apenas 98 serviços habilitados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar a obesidade mórbida. A cada ano, o número de pacientes aumenta, complicando ainda mais o tratamento e a recuperação. A cirurgia em pacientes superobesos é um desafio, pois a má nutrição e as doenças concomitantes dificultam a cicatrização.
A chegada de novos tratamentos poderia oferecer esperança, mas esses recursos ainda estão longe de alcançar a maioria. A realidade é que, enquanto muitos aguardam ajuda, a falta de investimento e atenção governamental perpetua o abandono dessa população. O autor, que atuou na área por uma década, destaca a necessidade urgente de conscientização e ação para resgatar aqueles que permanecem à deriva nessa ilha da obesidade.
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