Saúde

Vitamina A não previne sarampo, alerta cientista sobre confusão em torno do tema

Surto de sarampo nos EUA levanta preocupações sobre vacinação; secretário de Saúde defende decisões pessoais e tratamentos alternativos sem evidências.

SARAMPO - Prevenção: vacina é o único método eficaz (Foto: Thinkstock/VEJA/VEJA)

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O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) reportou, até 6 de março de 2025, 222 casos de sarampo em 12 estados, com a maioria ocorrendo no Texas. Desses, 34% foram em crianças menores de cinco anos e 45% em jovens de cinco a dezenove anos. A hospitalização afetou 17% dos casos, resultando em dois óbitos: uma criança de seis anos no Texas e um adulto no Novo México. Alarmantemente, 94% dos infectados não estavam vacinados ou tinham status vacinal desconhecido, destacando a necessidade de intensificar campanhas de vacinação.

Robert Kennedy Jr., secretário de Saúde e Serviços Humanos dos EUA e conhecido ativista antivacina, expressou preocupação com o surto em artigo na Fox News. Ele pediu ao CDC e à Administração para Preparações e Resposta Estratégica (ASPR) que colaborassem com as autoridades de saúde do Texas, oferecendo assistência técnica e vacinas. Embora tenha reconhecido a importância das vacinas, Kennedy Jr. enfatizou que a decisão de vacinar deve ser pessoal, sugerindo que os pais consultem profissionais de saúde sobre a vacina MMR, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola.

Kennedy Jr. também defendeu o uso de vitamina A como um tratamento para o sarampo, alegando que a boa nutrição é uma defesa contra doenças. No entanto, a redução da mortalidade por sarampo antes da introdução da vacina foi atribuída ao uso de antibióticos e não a vitaminas. O CDC atualizou suas recomendações para incluir a administração de vitamina A em casos de sarampo, mas apenas sob supervisão médica, especialmente para crianças com deficiência dessa vitamina.

Estudos demonstraram que a vitamina A pode ser benéfica em contextos de deficiência, mas não há evidências de que beneficie crianças com níveis adequados. Um estudo recente na Itália não encontrou eficácia clínica da vitamina A em crianças hospitalizadas com sarampo em um país de alta renda. A Organização Mundial da Saúde e o CDC recomendam a suplementação de vitamina A apenas para crianças com deficiência, reforçando que a vacinação continua sendo a melhor forma de prevenção contra o sarampo.

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