04 de mai 2025
Vacina Gardasil 9 oferece proteção ampliada contra HPV no Brasil, diz SBIm
Vacina nonavalente Gardasil 9 aumenta proteção contra HPV, mas SUS ainda não a incorporou. Cobertura vacinal é prioridade para combater câncer.
Caixas da Gardasil 9, vacina nonavalente contra o HPV, disponível no Brasil desde 2023. (Foto: Damien Meyer - AFP)
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Desde a chegada da vacina nonavalente Gardasil 9 aos laboratórios privados no Brasil, surgiram dúvidas sobre suas diferenças em relação à vacina quadrivalente oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A vacina do SUS protege contra quatro tipos do HPV: 16 e 18, que causam 70% dos cânceres de colo de útero, e 6 e 11, que provocam lesões genitais. A Gardasil 9, disponível apenas na rede privada, oferece proteção adicional contra cinco tipos: 31, 33, 45, 52 e 58.
A Gardasil 9 aumenta em cerca de 10% a proteção contra todos os tipos de câncer relacionados ao HPV, com um ganho de aproximadamente 20% na proteção contra câncer de colo de útero, segundo a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). As sociedades médicas recomendam o uso preferencial da nova vacina devido à sua eficácia superior. Mônica Levi, presidente da SBIm, afirma que a incorporação da Gardasil 9 no SUS pode ocorrer no futuro, mas ainda não há previsão.
A MSD Brasil, fabricante da Gardasil 9, iniciou a análise de custo-efetividade para a possível inclusão da vacina no Plano Nacional de Imunizações. O Ministério da Saúde esclarece que quem já recebeu a vacina quadrivalente não precisa se vacinar novamente com a nonavalente, pois a quadrivalente já oferece proteção contra os tipos mais prevalentes do vírus.
Estratégia de Vacinação
Em 2024, o Governo Federal adotou a dose única da vacina contra o HPV para aumentar a cobertura vacinal, que caiu, especialmente entre meninos. Essa mudança segue recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Na rede privada, são aplicadas três doses da Gardasil 9. Enquanto a vacina quadrivalente é gratuita no SUS, cada dose da nonavalente custa em média R$ 900.
Os dados de vacinação mostram que 82,58% das meninas de 9 a 14 anos foram imunizadas, enquanto a taxa entre meninos na mesma faixa etária foi de 67,03%. Apesar do aumento, os índices ainda estão abaixo da meta de 90% estabelecida pelo Ministério da Saúde. A vacina quadrivalente é indicada para adolescentes de 9 a 14 anos e, temporariamente, para jovens de 15 a 19 anos que não foram vacinados.
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