Vendas de medicamentos para diabetes e emagrecimento disparam com chegada do Mounjaro

A Pague Menos iniciou a pré-venda do Mounjaro, medicamento para diabetes e controle de peso, com um crescimento de mais de 40% nas vendas no primeiro trimestre de 2025. O fármaco, que pode custar até R$ 2.384,34, já está disponível em farmácias e pelo iFood.

O CEO da Pague Menos, Jonas Marques, afirmou que a demanda pelo Mounjaro é alta, com consumidores ansiosos por sua chegada ao mercado. A rede foi a primeira a anunciar a pré-venda, e outras farmácias, como Raia e Drogasil, também iniciaram vendas antecipadas. O Mounjaro, que atua como um agonista do GLP-1 (hormônio que estimula a secreção de insulina), se junta a outros medicamentos populares, como Ozempic e Wegovy.

Expectativas de Crescimento

Apesar das restrições impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que exige retenção de receita médica para a venda, as vendas de medicamentos para diabetes e controle de peso continuam a crescer. No primeiro trimestre de 2025, a Pague Menos registrou um aumento de 40%, enquanto a média de outros medicamentos com prescrição cresceu apenas 20%.

A Anvisa implementou controles mais rigorosos devido ao uso indiscriminado desses medicamentos. No entanto, a Pague Menos acredita que as restrições não afetarão as vendas, pois a maioria dos consumidores tem acesso a médicos. Marques destacou que 75% da população brasileira enfrenta dificuldades de acesso à saúde, o que gera uma demanda reprimida.

Preços e Acessibilidade

O Mounjaro será vendido em diferentes dosagens, com preços variando de R$ 1.907,29 a R$ 2.384,34. A Eli Lilly, fabricante do medicamento, anunciou que os preços estão alinhados ao Preço Máximo Permitido ao Consumidor. Além disso, a empresa oferece um programa de descontos que pode reduzir os preços para R$ 1.406,75 na compra online e R$ 1.506,75 nas lojas físicas.

As farmácias têm liberdade para definir suas estratégias comerciais, incluindo preços e canais de venda. A chegada do Mounjaro e a expectativa de novas opções genéricas, com a possível quebra de patente do Ozempic em 2026, podem impactar o mercado, mas as redes de farmácias esperam se beneficiar do aumento no fluxo de clientes.