16 de mai 2025
Vacina SpiN-Tec avança para fase 3 e pode ser liberada em 2028 no Brasil
Vacina SpiN Tec, 100% brasileira, avança para fase 3 em 2026, com expectativa de uso em 2028. Eficácia superior contra variantes é promissora.
Frasco da vacina contra Covid SpiN-Tec, primeiro imunizante brasileiro a chegar à fase 2 de estudos clínicos (Foto: Virgínia Muniz/CTVacinas/UFMG)
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A vacina SpiN-Tec, desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), concluiu a fase 2 dos testes clínicos, tornando-se a primeira vacina 100% brasileira a alcançar essa etapa. O imunizante, produzido pelo CT Vacinas, demonstrou segurança e eficácia superior contra variantes do coronavírus.
A fase 2 envolveu 320 voluntários monitorados por 12 meses. Os participantes foram divididos em dois grupos: um recebeu a SpiN-Tec e o outro, a vacina bivalente da Pfizer. Os resultados indicaram que a nova vacina induz uma resposta imunológica robusta, sendo capaz de enfrentar variantes do vírus de forma mais eficaz.
Próximas Etapas
A fase 3 dos testes está prevista para iniciar em 2026, com a participação de 5.300 voluntários. A aprovação final pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) será necessária antes do início dessa etapa. A expectativa é que a vacina esteja disponível para a população em 2028, caso os resultados sejam positivos.
Os pesquisadores destacam que a SpiN-Tec é formulada a partir de uma proteína do vírus, a Spike, modificada para gerar anticorpos sem causar infecção. Além disso, o custo de produção é inferior ao das vacinas atualmente disponíveis, e a estabilidade do imunizante permite armazenamento em geladeira por até dois anos.
Impacto e Soberania
A vacina representa um avanço significativo na produção de imunizantes no Brasil, enfrentando o que os cientistas chamam de "vale da morte", que é a lacuna entre a pesquisa e a aplicação prática. O coordenador do CT Vacinas, Ricardo Gazzinelli, afirma que a SpiN-Tec está ensinando o Brasil a desenvolver vacinas nacionais, promovendo a soberania na inovação.
Os dados coletados até agora mostram que a vacina não apenas é segura, mas também pode oferecer uma proteção mais ampla contra as variantes do coronavírus, o que é crucial em um cenário de constante mutação do vírus.
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