03 de jun 2025

Governos adotam acordo global para melhorar resposta a pandemias futuras
A OMS formalizou um Acuerdo Mundial sobre Pandemias, buscando garantir acesso equitativo a vacinas e medicamentos em futuras crises.
Foto:Reprodução
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Após mais de cinco anos desde o início da pandemia de COVID-19, a Organização Mundial da Saúde (OMS) formalizou um Acuerdo Mundial sobre Pandemias em 20 de maio. O tratado, resultado de três anos de negociações, busca garantir acesso equitativo a vacinas e medicamentos e promover a transparência na pesquisa financiada com recursos públicos.
O acordo surge em um contexto de desigualdade na distribuição de vacinas durante a pandemia. Apesar de investimentos significativos, como R$ 17 bilhões em pesquisa e R$ 100 bilhões para comercialização, a prioridade das farmacêuticas foi o mercado de países ricos. Isso resultou em aproximadamente 1,3 milhões de vidas que poderiam ter sido salvas em 2021.
Objetivos do Acordo
O Acuerdo Mundial estabelece que, ao compartilhar dados sobre patógenos, os países também devem participar dos benefícios de vacinas e medicamentos desenvolvidos. Essa abordagem visa criar um sistema de saúde global mais resiliente, garantindo que todas as pessoas tenham acesso a produtos essenciais.
Uma das principais disposições do acordo é o compromisso dos governos em definir condições claras para o acesso à financiamento público em pesquisa e desenvolvimento. Isso assegura que inovações financiadas com recursos públicos atendam às necessidades de saúde pública.
Desafios e Oportunidades
Embora a adoção do acordo seja um passo importante, sua implementação depende da incorporação das disposições nas políticas nacionais. O processo de ratificação pode levar anos, mas os governos podem começar a preparar requisitos para financiamento público imediatamente.
A saúde global enfrenta desafios, como a estagnação nas taxas de vacinação e o aumento do ceticismo em relação à ciência. O acordo, alvo de desinformação, não concede à OMS poder para impor medidas a governos soberanos, mas busca priorizar a vida humana sobre interesses nacionais.
Com a implementação do Acuerdo Mundial, espera-se que, em futuras pandemias, ninguém fique para trás, independentemente de sua localização ou nível de renda.
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