03 de jun 2025

Um em cada três municípios brasileiros enfrenta desabastecimento de vacinas
Desabastecimento vacinal persiste em um terço dos municípios brasileiros, com Minas Gerais e Pernambuco em situação crítica.
Foto:Reprodução
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Um estudo recente da Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que 33,7% dos municípios brasileiros ainda enfrentam problemas de desabastecimento de vacinas. A pesquisa, realizada em maio de 2025, abrangeu 1.490 cidades e mostra uma leve melhora em relação a setembro de 2024, quando 70,3% das cidades estavam em escassez. No entanto, 33% dos municípios relataram piora na distribuição em comparação ao ano anterior.
A pesquisa destaca a falta de vacinas essenciais, como a tríplice viral e a da covid-19. A infectologista Luana Araújo explica que a escassez da tríplice viral se deve a problemas de produção global, enquanto a falta da vacina contra a covid-19 é atribuída a um "erro gerencial" nas negociações e aquisições. “O Brasil teve, por um período, apenas vacinas desatualizadas”, afirma Luana.
Situação em Minas Gerais e Pernambuco
Minas Gerais e Pernambuco são os estados mais afetados. Em Minas, 51% dos municípios relataram falta de vacinas, e o estado enfrenta uma emergência em saúde pública devido ao aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave. Pernambuco também apresenta 53% de escassez em seus municípios.
O Ministério da Saúde é responsável pela aquisição e distribuição das vacinas, mas não se manifestou sobre a situação até o momento. A pesquisa revela que 17% dos municípios investem mais de R$ 240 mil por ano para manter as salas de vacinas, muitas vezes sem apoio financeiro adequado.
A CNM alerta que a falta de vacinas é um problema grave e pede urgência na disponibilização dos imunizantes, especialmente para proteger a população infantil. Apesar da melhora geral, a persistência da escassez em um terço dos municípios levanta preocupações sobre o retorno de doenças já eliminadas. Apenas seis dos dezenove tipos de vacinas monitoradas atingiram as metas de cobertura vacinal entre janeiro e abril de 2025.
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