27 de jun 2025

Vacina contra VSR reduz em 29% o risco de demência no Brasil
Vacinação contra o VSR pode reduzir em 29% o risco de demência em idosos, segundo estudo da Universidade de Oxford.

Vacina da dengue desenvolvida pelo Butantan oferece proteção contra os quatro sorotipos, diz instituto. (Foto: Pexels)
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A vacinação contra o vírus sincicial respiratório (VSR) em idosos pode reduzir em 29% o risco de demência nos 18 meses seguintes, segundo um estudo da Universidade de Oxford. A pesquisa, publicada na revista npj Vaccines, destaca a importância das vacinas na saúde cognitiva da população idosa.
Os pesquisadores analisaram dados de mais de 430 mil pessoas nos Estados Unidos, utilizando a plataforma TriNetX, que integra registros médicos de forma anônima. O foco foi a vacina Arexvy, da GSK, aprovada para maiores de 60 anos e disponível no Brasil apenas na rede privada. O estudo comparou os vacinados contra o VSR com aqueles que receberam apenas a vacina da gripe, revelando uma menor incidência de novos casos de demência entre os primeiros.
Eficácia de Outras Vacinas
Este não é o primeiro estudo a associar vacinas à redução do risco de demência. Pesquisadores da Universidade de Stanford descobriram que a vacinação contra herpes-zóster diminui em 20% os casos de demência em idosos. A vacina Zostavax foi analisada, e um estudo posterior comparou-a com a Shingrix, mostrando que esta última aumenta a eficácia em 17%.
Os cientistas de Oxford também revisitaram os dados da Shingrix, confirmando sua eficácia. O autor principal do estudo, Maxime Taquet, destacou que as vacinas contra herpes-zóster e VSR demonstram benefícios adicionais, além de prevenir doenças graves.
Mecanismos e Implicações
Os mecanismos pelos quais as vacinas podem reduzir o risco de demência ainda não estão claros. Uma hipótese sugere que a prevenção de infecções virais pode evitar o declínio cognitivo. Além disso, vacinas como a da difteria e pneumococo também foram associadas a menores riscos de Alzheimer e demência.
Os pesquisadores notaram que o adjuvante A201, presente nas vacinas contra VSR e herpes-zóster, pode potencializar a resposta imunológica. Paul Harrison, coautor do estudo, enfatizou a necessidade de mais pesquisas para entender como esses adjuvantes podem contribuir para a proteção cerebral.
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