Tecnologia

Mudanças na Meta impactam Brasil: mais política e novas regras de moderação

Mark Zuckerberg anunciou mudanças na Meta, incluindo o fim da checagem de fatos. A Meta flexibilizou diretrizes sobre discurso de ódio, afetando minorias LGBTI+. Algoritmos da Meta agora recomendam mais conteúdo político, revertendo tendências. Grupos de direitos humanos criticam as mudanças, alertando sobre riscos sociais. A nova postura da Meta pode aumentar a desinformação e radicalização nas redes.

Mark Zuckerberg em anúncio da Meta no ano passado (Foto: Bloomberg/David Paul Morris)

Mark Zuckerberg em anúncio da Meta no ano passado (Foto: Bloomberg/David Paul Morris)

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Na última terça-feira, Mark Zuckerberg, CEO da Meta, anunciou mudanças significativas nas políticas de suas plataformas, incluindo Facebook, Instagram e Threads. A decisão de encerrar a checagem independente de fatos e implementar um sistema de Notas da Comunidade será inicialmente aplicada apenas nos Estados Unidos. Entretanto, outras três alterações já estão em vigor no Brasil, como a recomendação de publicações políticas aos usuários, que contraria a tendência anterior de limitar esse tipo de conteúdo. Além disso, a Meta ajustou seu filtro de moderação para focar em violações graves e alterou as regras sobre discurso de ódio.

Zuckerberg também mencionou a transferência de parte da equipe da Califórnia para o Texas, alegando a necessidade de evitar "vieses". Ele expressou sua intenção de trabalhar com Donald Trump para combater o que considera "censura" em governos de diversas regiões, incluindo Europa e América Latina. A checagem de fatos, que começou em 2016 e envolvia 80 organizações, foi encerrada, com Zuckerberg alegando que os checadores eram tendenciosos. Organizações de verificação de fatos, por sua vez, defenderam sua imparcialidade e criticaram a decisão.

As novas diretrizes sobre discurso de ódio, que já estão em vigor no Brasil, flexibilizam restrições relacionadas a gênero e orientação sexual, permitindo alegações que antes eram consideradas inaceitáveis. A Meta também ajustou seus filtros de moderação, priorizando a remoção de conteúdos que violam suas políticas de forma grave, como terrorismo e exploração, enquanto postagens com violações menores só serão removidas mediante denúncias. Essas mudanças têm gerado preocupações sobre o aumento da desinformação e da radicalização nas redes sociais.

Entidades LGBTI+ e especialistas expressaram preocupação com as alterações, considerando-as um retrocesso nos direitos humanos e um incentivo a discursos de ódio. A flexibilização das políticas de moderação pode resultar em um aumento da exposição a conteúdos prejudiciais, especialmente para jovens, e reforçar estigmas que afetam minorias. A Meta, ao mudar sua abordagem, sinaliza uma nova fase em sua operação, que pode impactar a dinâmica social e política nas plataformas digitais.

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