28 de jan 2025
Crescimento alarmante: vazamentos de dados no governo aumentam mais de 21 vezes desde 2020
O Brasil registrou 9.000 vazamentos de dados em 2024, um aumento alarmante. Desde a LGPD, os incidentes cibernéticos cresceram mais de 21 vezes. Globalmente, houve 1.673 ciberataques semanais, com educação e governo como alvos. Ransomware é o crime mais comum, afetando três em cada quatro grandes empresas. Especialistas pedem educação digital e fortalecimento da ANPD para proteção eficaz.
Entre 2022 e 2024, incidentes de segurança cibernética no governo federal quase triplicaram (Foto: boonchai wedmakawand/Getty Images)
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Nesta terça-feira, 28 de janeiro de 2024, o Brasil comemora o Dia Internacional da Proteção de Dados em um contexto preocupante de cibersegurança. Nos últimos cinco anos, o governo federal registrou quase 58.000 incidentes cibernéticos, com mais de 9.000 vazamentos de dados em sistemas da União. Em 2024, quatro em cada cinco ocorrências de vazamentos ocorreram, refletindo um aumento de 21 vezes desde 2020, quando a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi implementada.
O Banco Central foi um dos alvos mais afetados, com doze vazamentos relacionados ao Pix, expondo dados de mais de 215.000 chaves. Além disso, 1.500 participantes de uma pesquisa tiveram informações pessoais vazadas. Desde 2021, cerca de 7.000 processos foram movidos na Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) por suspeitas de violação de sigilo, com 57% das ações ocorrendo apenas no ano passado.
Globalmente, em 2024, houve uma média de 1.673 ciberataques por semana, um aumento de 44% em relação a 2023. Instituições de educação, órgãos governamentais e o setor de saúde foram os mais atacados. A natureza dos ciberataques também mudou, com a proporção de ameaças por email caindo de 84% para 68%, enquanto os ataques originados da web aumentaram de 16% para 32%.
Especialistas destacam que a engenharia social é uma das principais táticas usadas por hackers, visando usuários despreparados. A falta de investimentos em cibersegurança e a utilização de tecnologia obsoleta são apontadas como causas para a vulnerabilidade das empresas. O fortalecimento da ANPD e a inclusão da segurança digital na educação básica são considerados essenciais para enfrentar esses desafios, mas a falta de vontade política para implementar essas ações é uma preocupação expressa por especialistas.
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