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Meta é acusada de rastrear usuários de Android sem consentimento em sites populares

Meta é acusada de rastrear usuários de Android sem consentimento; recurso foi desativado após denúncia de pesquisadores europeus.

Ilustração mostra silhueta encapuzada em meio a códigos binários verdes em fundo escuro. (Foto: Kacper Pempel/Reuters)

Ilustração mostra silhueta encapuzada em meio a códigos binários verdes em fundo escuro. (Foto: Kacper Pempel/Reuters)

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Um grupo de pesquisa europeu revelou que o Meta, conglomerado que controla Facebook, Instagram e WhatsApp, começou a rastrear o histórico de navegação em dispositivos Android desde setembro de 2022. A prática foi identificada por meio do Meta Pixel, um recurso que monitora a interação do usuário com anúncios online. Após a denúncia, o Meta desativou imediatamente o recurso.

O estudo apontou que o Meta Pixel, instalado em 5,8 milhões de sites, permitia à empresa vincular a atividade de navegação ao endereço IP dos usuários. O método utilizado era semelhante ao que o Yandex, concorrente russo do Google, empregava desde 2017. Ambos os sistemas visavam coletar dados para personalizar anúncios, mas sem informar os usuários sobre o envio de suas informações.

O Google, em resposta ao estudo, afirmou que as práticas do Meta violam seus princípios de segurança e privacidade. A empresa já implementou mudanças para mitigar essas técnicas invasivas e iniciou uma investigação sobre o caso. O Meta, por sua vez, declarou que está em contato com o Google para esclarecer um "possível mal-entendido".

Risco à Privacidade

Os pesquisadores do instituto madrilenho Imdea Networks destacaram que o Meta conseguia acessar dados mesmo quando os usuários utilizavam modos de privacidade, como a navegação anônima e VPNs. O único meio de proteger os dados, segundo eles, seria desinstalar os aplicativos do Facebook e Instagram.

A análise também revelou que a vulnerabilidade foi testada em diversos navegadores, como Google Chrome, Microsoft Edge e Mozilla Firefox, enquanto navegadores focados em privacidade, como Brave e DuckDuckGo, conseguiram bloquear o rastreamento. Os pesquisadores não encontraram outros aplicativos que explorassem essa vulnerabilidade, além dos da Meta e do Yandex.

Implicações e Futuro

O estudo alerta que a vigilância pode afetar não apenas dispositivos móveis, mas também computadores e smart TVs, embora isso ainda não tenha sido investigado. A pesquisa não encontrou evidências de que a brecha de privacidade fosse explorada em dispositivos da Apple, mas indicou que isso poderia ser tecnicamente possível.

Com 81% dos smartphones vendidos no Brasil utilizando o sistema Android, a questão do rastreamento levanta preocupações significativas sobre a privacidade dos usuários. O Meta e o Yandex enfrentam agora um escrutínio maior sobre suas práticas de coleta de dados.

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