OKX interrompe serviço DeFi após lavagem de US$ 100 milhões por hackers da Bybit

A exchange de ativos digitais OKX suspendeu um serviço utilizado por hackers para lavar parte dos US$ 1,5 bilhão roubados da plataforma Bybit. A decisão foi anunciada após a consulta a reguladores europeus, com a OKX afirmando que a suspensão do agregador DEX permitirá melhorias para evitar novos abusos. A medida segue uma reportagem da Bloomberg News, que revelou que hackers, supostamente vinculados à Coreia do Norte, usaram o serviço Web3 da OKX para lavar cerca de US$ 100 milhões do montante roubado.

O ataque à Bybit, ocorrido em fevereiro, é considerado um dos maiores e mais sofisticados da indústria cripto. A OKX e a Bybit divergiram sobre o uso do serviço Web3 no processo de lavagem. O CEO da Bybit, Ben Zhou, afirmou que a plataforma da OKX foi utilizada para movimentar os fundos hackeados. Em resposta, um porta-voz da OKX destacou que o agregador DEX serve para "descoberta de preços", com ordens de negociação sendo executadas em outras exchanges.

A OKX está sob a nova regulamentação de Mercados de Criptoativos (MiCA) da União Europeia. Autoridades dos 27 países-membros discutiram o serviço Web3 da exchange em uma reunião do Comitê Permanente de Finanças Digitais da Autoridade Europeia de Valores Mobiliários (ESMA) em março. A OKX promove sua plataforma Web3 como um serviço de finanças descentralizadas (DeFi) e uma carteira autocustodial, permitindo acesso a diversas exchanges e blockchains.

Fundada em 2017 e com sede em Seychelles, a OKX oferece negociação de mais de 300 criptomoedas, incluindo bitcoin (BTC) e ether (ETH). Em julho, a empresa anunciou a criação de 53 milhões de carteiras individuais em seu serviço Web3, que abrange 100 blockchains diferentes.