Criptomoedas podem alcançar crescimento inédito com dois novos fatores, afirma economista

As incertezas no cenário macroeconômico, impulsionadas por tensões geopolíticas e dados econômicos instáveis, têm afastado investidores das criptomoedas, resultando em alta volatilidade. O bitcoin (BTC) é negociado a US$ 84 mil, uma queda de aproximadamente 10% desde o início do ano, após um período de euforia em dezembro, quando ultrapassou US$ 100 mil.

A guerra tarifária entre os Estados Unidos e países como China, Canadá e México tem gerado desconfiança entre os investidores, aumentando a aversão ao risco e impactando diretamente os criptoativos. Especialistas questionam quanto tempo essa aversão persistirá e se a atual baixa do bitcoin pode ser uma oportunidade de compra. Valter Rebelo, da Empiricus Research, acredita que dois fatores podem impulsionar um novo crescimento no setor de criptomoedas.

Além dos criptoativos, outros ativos de risco também enfrentam dificuldades. Os índices das bolsas americanas, como S&P 500 e Nasdaq, apresentam quedas consecutivas. Rebelo destaca que investidores estão buscando mercados alternativos, como Europa e China, que mostram sinais de recuperação econômica. A China, por sua vez, está injetando liquidez em sua economia para evitar uma crise no setor imobiliário, o que pode beneficiar os criptoativos.

Recentemente, Donald Trump determinou que os Estados Unidos manterão cerca de 200 mil bitcoins apreendidos, consolidando o BTC como um ativo estratégico. A SEC está considerando permitir staking em ETFs de ethereum (ETH), o que poderia atrair investimentos institucionais. A primeira reunião oficial sobre criptoativos na Casa Branca abordou a necessidade de regulamentação clara e incentivos fiscais, o que pode impactar positivamente o mercado. Rebelo mantém otimismo para o futuro das criptomoedas, prevendo que a liquidez global e um cenário regulatório favorável podem levar a um crescimento sem precedentes.